Fábrica de Gigantes apresenta a primeira edição do Festival Quilombo Cultural, no Rio de Janeiro

Da Pedra de Guaratiba, passando pela Ilha da Marambaia (na Costa Verde) e na Vila Cruzeiro (no Complexo da Penha), Raquel Potí e a Oficina Perna de Pau , junto a Fábrica de Gigantes potencializa a narrativa social e cultural desses territórios. Os projetos conectam comunidades, que têm a cultura caiçara e/ou quilombola como base estruturante, e, agora, se desdobram em um novo formato de evento.

Criado para conectar, celebrar e potencializar agentes culturais, o Festival Quilombo Cultural aborda a cultura caiçara e quilombola, valorizando suas comunidades tradicionais, além de preservar e divulgar a diversidade cultural brasileira. O evento tem data marcada para os dias 24 e 25 de agosto, no Quilombo da Marambaia, com entrada gratuita e sujeito a lotação. Para adquirir os ingressos, é preciso se inscrever no formulário oficial (acesse aqui) – devido à entrada limitada na ilha e necessidade de autorização e confirmação prévia da Marinha.

Com direção artística de Raquel Potí, caiçara de Pedra de Guaratiba, artista, produtora cultural, diretora artística, e direção de produção de Alice Kasper, produtora cultural e pesquisadora da Cultura Popular, o festival terá um esquenta por meio de uma programação de oficinas, que acontecerão em dois locais no estado carioca: na Costa Verde, em Mangaratiba (no ⁠Quilombo da Marambaia, local em que será realizado o festival nos dias 24 e 25, e no Quilombo Santa Justina e Santa Izabel) e na cidade do Rio de Janeiro (na ⁠Pedra de Guaratiba, Complexo da Penha, no Quilombo da Serrinha e no ⁠Quilombo do Salgueiro). As ações acontecem entre os dias 27 de julho e 22 de setembro, com oficinas e apresentações em diversos territórios, direcionadas as comunidades e agentes locais. O Festival Quilombo Cultural e as oficinas de  perna de pau serão abertas para o público  – mediante inscrição prévia. 

O evento é guiado pela celebração das culturas locais nos projetos sociais e artísticos da Fábrica de Gigantes, em seu encontro com matriarcas, lideranças e integrantes de grupos de Jongo do estado do Rio de Janeiro, como: Jongo da Serrinha, Caxambu do Salgueiro, Jongo de Pinheiral, Jongo do Quilombo São José da Serra, Jongo do Quintal, Jongo de Barra do Piraí, entre outros. Abrindo uma programação extensa, as primeiras semanas  serão tomadas por uma sequência de atividades, com oficinas de capacitação para agentes quilombolas e caiçaras, como: oficina de escrita de projeto, redes sociais, gestão de coletivos, fortalecimento de lideranças, perna de pau, entre outras. No final de semana do evento, teremos roda de Jongo, samba de roda, oficina da culinária local, contação de histórias da região, roda de conversa com mestras e mestres, locais e convidados. Para o encerramento, um cortejo artístico celebrativo, uma apresentação com todos os grupos presentes, que contarão histórias a partir de uma costura musical. 

O calendário do evento organiza ao todo 16 oficinas, que visam instrumentalizar agentes culturais da região a partir de temas sugeridos por eles, os 16 laboratórios culturais foram criados para que todos os participantes se capacitem e possam fomentar o turismo, a economia da região e possam zelar pela gestão de coletivos e grupos. O encerramento do final de semana guarda a sua principal atração artística, por meio da realização de uma apresentação com manifestações afro-diaspóricas, 6 grupos de Jongo, e 4 grupos pernaltas. 

Uma realização da Fábrica de Gigantes, o Festival Quilombo Cultural tem como patrocínio a Lei Paulo Gustavo Apoio ao Circo e a Lei Paulo Gustavo – Diversidade e Diálogo, além de contar com o apoio de ações locais.