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“A Desmontagem da Escravidão” fará apresentações no Instituto Benjamin Constant 

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Criar uma dramaturgia focada no resgate do passado glorioso do continente ancestral, a resistência negra organizada em Quilombos, na África e nas Américas, demonstrando como o modelo de unidade dos Quilombos e estratégia militar, poderia ter frustrado a invasão europeia, esse é o pano de fundo para o espetáculo “A Desmontagem da Escravidão”.

A ideia do projeto é trazer mais informações sobre a história da África e das suas diásporas, dado que muitos informes estão em língua estrangeira, uma estratégia de impedir o acesso que é barrado pelo idioma português. O Brasil é a maior diáspora negra e possui, inclusive, a segunda maior população negra do mundo, atrás apenas da Nigéria. Segundo o dramaturgo e ator, Paulo Mileno, os objetivos da peça são resgatar a potência da resistência quilombola, a magia da ancestralidade, transformar a história e empoderar a população da zona oeste e das favelas.

“É uma alegria integrar um espetáculo que bebe na fonte do teatro popular, do terreno híbrido com a mistura de linguagens artísticas sempre com foco no brincante. E pela importância de dialogar com o público adolescente buscando, através da ótica de personagens uma Rainha e um Rei negros, revisitar o período da Escravidão dos povos africanos honrando os passos dos nossos ancestrais e buscando uma atitude mais consciente e coerente dos fatos para possibilitar a edificação da autoestima e a  construção do presente e do futuro com dignidade, valorização e preservação da nossa memória” – Aisha Jambo.

Contemplado no Edital “Fazendo Arte RJ”, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, a circulação de “A Desmontagem da Escravidão” realizará 20 horas apresentações em escolas estaduais, unidades socioeducativas, ONGs e bibliotecas públicas.

“Para provocarmos a imaginação dos alunos, pediremos para que olhem para as imagens do retroprojetor no telão que revelam como a África é bem maior que a Europa. Com seus diversos Reinos e Impérios, poderia ter engolido a Europa se houvesse unidade. As fotos dos Castelos ainda de pé, dos Palacetes e das ruínas das Muralhas e Fortalezas Africanas, serão exibidas no telão durante esse momento de elucidação do conflito da dramaturgia”, explica Paulo Mileno.

Essa atividade será a revisão da ruptura histórica, onde revela uma forma de se ter evitado a colonização africana e consequentemente a escravização dos povos africanos e afrodescendentes, retomando os destinos através da magia efêmera do Teatro. Por ser uma peça encenada em escolas públicas, o público principal é de estudantes entre 15 e 17 anos.

Paulo Mileno reforça ainda que o espetáculo se direciona para as áreas culturais e territórios onde o público possa ser despertado por narrativas contra hegemônicas e assim se identifique num tema que remeta à sua representatividade e corporalidade, contribuindo com o movimento de busca pela construção identitária local e expressão territorial.

“Nesse acerto de contas com a história, devemos fazer um acerto de contas com a narrativa também. O que os europeus fizeram na África e Américas foram invasões e genocídio. Colonizar é povoar e transferir cultura”, finaliza.


SERVIÇOS:

Instituto Benjamin Constant – Av. Pasteur, 368 – Urca, Rio de Janeiro. Dia 27 de agosto, às 10h.

Instituto Cultural Pena Máxima – Casa da Glória, Endereço: Ladeira da Glória, 98 – Glória, Rio de Janeiro – RJ, 22211-011.  Dia 29 de agosto, 19h.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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