Mostra de filmes com curadoria de Silvio Tendler será realizada na Fundação Casa de Rui Barbosa

Com curadoria e co-realização de Silvio Tendler, a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) realizará uma mostra de filmes sobre a história da democracia brasileira nos últimos 60 anos. A atividade integra a iniciativa Memória, Coração do Futuro, que acontecerá até novembro e tem como objetivo destacar a importância das manifestações artísticas e culturais como testemunho das lutas pela manutenção da democracia, partindo da premissa de que arte e cultura são vetores de construção da memória em ação, tornando-se assim uma forma de resistência.
 

Nos dias 09, 11 e 16 de setembro, a partir das 18h, os títulos nacionais selecionados pelo cineasta, professor, historiador e um dos maiores documentaristas do Brasil, Silvio Tendler, serão exibidos na Fundação, com entrada franca. Entre os filmes estão: Os homens que eu tive (1973), de Tereza Trautman; O Bravo Guerreiro (1969), de Gustavo Dahl; e Os Inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade.
 

“O cinema sempre foi um potente formador de opinião. Minha geração teve a infância formada por cowboys colonizadores e indígenas traiçoeiros criados pelo cinema norte-americano. Levamos 70 anos para descobrir que a História não é bem assim. Discutir cinema e democracia pode ajudar a nova geração a se livrar da mentalidade bélica exportada por Hollywood”, ressaltou Silvio Tendler.
 

O presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, Alexandre Santini, destacou a participação do cineasta na construção do ciclo Memória, Coração do Futuro, que acontece na instituição até novembro.
 

“O Silvio é um grande parceiro da Fundação e co-realizador dessa iniciativa. Ele é uma das maiores referências na cultura brasileira no que diz respeito ao tema da memória histórica. A mostra tem uma seleção da cinematografia nacional dos últimos 60 anos, que traça um panorama da sociedade brasileira, das questões e das contradições enfrentadas nesse período, refletindo sobre como a sociedade se comportou e como a sétima arte reflete e reproduz as indagações temporais, suas diversas matizes e facetas. Portanto, é uma oportunidade de assistir a filmes escolhidos por uma figura como o Silvio, que não só acompanhou a história do Brasil e trabalha sobre ela, como também é um profundo conhecedor do cinema brasileiro. Um conjunto de títulos absolutamente importantes para pensar a história do Brasil”, ressaltou.