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Rosana Paulino celebra 30 anos de carreira com a exposição na Casa Museu Eva Klabin

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Com uma trajetória única e influente, Rosana Paulino traz à tona discussões sobre memória, natureza, identidade e história afro-brasileira na exposição “Novas Raízes”. Os trabalhos expostos  são resultado de uma longa pesquisa acerca da arquitetura e do acervo da Casa Museu Eva Klabin, na Lagoa, propondo a separação conceitual entre os dois andares. Com o objetivo de celebrar os 30 anos de carreira da consagrada artista paulistana, “Novas Raízes” poderá ser visitada gratuitamente.

“Esta é uma oportunidade única de ver a obra de Rosana Paulino em diálogo direto com um acervo clássico, propondo assim uma revisão histórica e epistemológica aos olhos do visitante”, afirma o curador Lucas Albuquerque, sobre a combinação do acervo fixo da casa com as obras da artista. “Rosana pretende que esta exposição tenha um caráter educativo bem acentuado, questionando sobre como podemos repensar a produção contemporânea em diálogo com novas leituras de mundo, este bem diferente daquele deixado por Eva Klabin há mais de trinta anos”, complementa.

Os cômodos do térreo serão dedicados a produções que expõem a relação entre a arquitetura e botânica, com desenhos, colagens e instalações. As obras da série “Senhora das Plantas (2022 – 2024), integrante da 59ª Bienal de Veneza, se juntam a outros trabalhos que visam romper a separação entre dentro e fora, com plantas tomando as diferentes salas. Rosana chama a atenção para a incisiva separação entre o ambiente doméstico e o jardim, fruto de uma corrente de pensamento europeu que aponta para a necessidade de domar a natureza.

Os cômodos do segundo andar tangenciam uma discussão sobre a vida privada de mulheres negras ao longo da história. Obras como “Paraíso tropical” (2017), “Ama de Leite” (2007) e “Das Avós” (2019) resgatam fotografias e símbolos da história afro-brasileira, tecendo uma reflexão sobre a subjugação dos corpos às políticas de apagamento resultantes do modelo escravocrata vivido pelo Brasil Colônia. Fazendo uso de tecidos em voil, fitas, lentes, recortes e outros objetos, Paulino propõe a preparação de um ambiente de descanso para todas as mulheres negras vítimas da história brasileira, em especial Mônica, a ama de leite fotografada por Augusto Gomes Leal em 1860, uma das poucas que tiveram o seu nome conservado ao longo da história.

A obra que marcou o início da produção da artista paulistana, integrante da coleção da Pinacoteca do Estado de São Paulo, também estará exposta. “Parede da Memória” (1994) exibe centenas de retratos em preto e branco da família de Rosana impressos em patuás, pequenas almofadas de tecido usadas como amuleto em religiões afro-brasileiras. Este trabalho dialoga com as instalações criadas exclusivamente para o contexto da Casa Museu Eva Klabin, em que há o uso de tecidos impressos com retratos históricos da população afro-brasileira, propondo a reflexão a respeito da relação entre memória e apagamento, e da representação do negro na história da arte.

SERVIÇO:
Visitação: 27/09 a 12/01
Quarta a domingo , 14h às 18h
Local: Casa Museu Eva Klabin (Av. Epitacio Pessoa, 2480 – Lagoa)
Entrada gratuita
Classificação livre

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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