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“BENT”, de Martin Sherman, estreia no Rio de Janeiro

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Uma história de amor nascida em um campo de concentração, este é o pano de fundo do espetáculo “BENT”, sobre o casal perseguido por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. A peça mostra o cotidiano sub-humano nos campos de concentração, através da trajetória de Max e Horst.

A narrativa é encenada na década de 1930, durante a ascensão de Hitler, e conta sobre a caça aos homossexuais. Max tenta fugir de Berlim, mas é capturado e enviado para um campo de concentração, não como homossexual e sim como judeu. Lá, conhece Horst, preso por assinar um manifesto em favor dos direitos homossexuais, com quem vive uma inesperada e secreta história de amor.

Não muito longe dos dias de hoje, a peça fala sobre o nazismo, o ódio aos homossexuais e judeus. No entanto, nos dias atuais, a situação também é preocupante. Dados da ONG Anti-Defamation League (ADL) revelam que o Brasil é o país no mundo onde mais cresce o número de grupos de neonazismo no mundo. 

Em todo o país, já são mais de 530 células extremistas que foram divididos em categorias, de acordo com suas ideologias, como Hitlerista/Nazista, Negação do Holocausto, Ultranacionalista Branco, Fascismo, Supremacista, Criatividade Brasil, Masculinismo Supremacia Misógina e Neo-Paganismo racista.

Segundo o estudo, esses grupos estão concentrados, principalmente, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

” “BENT” é, provavelmente, a história de amor mais comovente do teatro. Passada na Alemanha nos anos 1930, a peça mostra a perseguição dos nazistas aos homossexuais, de onde surge o amor entre dois homens, num ambiente o mais inviável possível para o desenvolvimento desse amor”, analisa Hermes Frederico, idealizador e realizador da montagem no Brasil, que, segundo ele, não possui nenhum tipo de patrocínio para a veiculação.

“Premiada em todos os países onde foi apresentada, BENT certamente emocionará também o público brasileiro de 2024 e se tornará uma lembrança teatral inesquecível”, acrescenta. 

Além de ser um dos países com a maior crescente em células neonazistas do mundo, o Brasil também figura entre as nações que mais matam pessoas da comunidade LGBTQIAPN+. Entre os anos de 2010 e 2024, 4.108 pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ foram assassinadas no Brasil, segundo um levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).

Somente no ano de 2023, foram 257 mortes violentas registradas contra pessoas LGBT+. Destas, 127 eram travestis e transgêneros, 118 eram gays, 9 lésbicas e 3 bissexuais. Ao todo, 21,39% das vítimas eram negras, 14,39% brancas e 66,2% tidas como não identificadas. 

“Esses números mostram a importância de se trazer um clássico como o BENT para o Brasil. A peça, do final da década de 1970, conta uma história de perseguição na nos anos 30, mas quando olhamos os dados atuais, percebemos o quanto não evoluímos como sociedade. Nesse caso, mais uma vez, precisamos colocar o dedo na ferida quando se fala em violência contra a comunidade”, pontua Hermes. 

“BENT foi premiada como melhor peça em todos os países em que foi encenada; na Broadway foi interpretada por Richard Gere, em Londres, por Ian McKellen.

SERVIÇO: Estreia 8 de novembro  / Sexta-feira às 22h30, sábado às 21h30 e domingo às 20h30 / Ingressos pela  Sympla / Local: Teatro Vannucci (Rua Marquês São Vicente , 52 – Shopping Gávea ) Classificação etária: 18 anos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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