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 “1,2,3. M*RDA. É o meu TOC” no Teatro Municipal Ziembinski

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Depois de representarem Portugal nos festivais Edinburgh Fringe e Brighton Fringe, o espetáculo “1,2,3. M*RDA. É o meu TOC, com texto e atuação da atriz portuguesa Bibi Couceiro, e adaptação e encenação da guionista Ana Bel Golim, iniciam uma turnê no Brasil, iniciando pelo Estado do Rio de Janeiro.

Através de uma narrativa que alterna entre verso e prosa, a obra “1,2,3. M*RDA. É o meu TOC, desmistifica o TOC e os desafios psicológicos que acompanham os traumas, abordando com sensibilidade, humor e profundidade temas muitas vezes estigmatizados. A peça é baseada em histórias reais, da plataforma AMUART (uma plataforma anônima onde pessoas escrevem as suas histórias relacionadas ao trauma/violência sexual), ao mesmo tempo que convida o público a rir e a sentir empatia pela protagonista.

“1, 2, 3. M*RDA. É o meu TOC.” é uma meditação divertida e comovente sobre a vida com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Neste monólogo, Bibi Couceiro utiliza uma combinação de comédia e tragédia para retratar as dificuldades de viver com TOC, dando vida aos desafios muitas vezes negligenciados que acompanham esta condição. Através de uma mistura de verso e prosa, Couceiro ilustra criativamente as manias, frustrações e momentos de humor negro que caracterizam a sua experiência com o TOC.

O espetáculo é uma reflexão envolvente e perspicaz sobre a saúde mental, usando o humor para abordar temas sérios e oferecendo uma perspectiva única sobre o que significa “não se sentir normal”. 

A peça semi-autobiográfica transporta o público através das medidas, por vezes devastadoras, por vezes hilariantes, que a personagem tomou para lidar e esconder as suas compulsões. O espetáculo traça o caminho que percorreu para aceitar o seu diagnóstico num mundo obcecado por rotular qualquer sinal de diferença, e como, apesar dos seus esforços, o seu transtorno acabou por infiltrar-se nas suas relações amorosas. Assim, a peça cria uma intimidade direta entre a atriz e o público, permitindo uma imersão profunda nos conflitos internos da protagonista. A linguagem cênica combina humor com momentos dramáticos (incluindo as vozes em offs das histórias reais), enquanto o uso de iluminação e som serve para sublinhar as transições emocionais e psicológicas da personagem.

“1,2,3. M*RDA. É o meu TOC” é um trabalho muito ousado e audacioso. Fiquei impressionado que a escritora (Bibi Couceiro) e a diretora (Ana Bel Golim) estavam dispostas a ir fundo nesse transtorno para trazer suas entranhas à tona. É incrivelmente contundente e ousa levar o público a um lugar sombrio. Foi difícil e me fez sentir muito pesado em certos pontos da peça. Esta é uma peça desconfortável que mergulha o público na experiência de passar pelo TOC“, Fringe Review. Daring Work. Por Bem Aarons. 10.8.24. 

O TOC da personagem também foi agravado quando experienciou trauma em segunda mão. Como referência a isso, Bibi Couceiro ao escrever fez uma parceria com a AM•UAЯT, uma plataforma que defende as vozes de sobreviventes de agressão sexual: histórias reais estão entrelaçadas na narrativa, lançando luz sobre as repercussões psicológicas e às vezes inesperadas, deste tipo de trauma. 

Serviço: Dias 11 e 12 de fevereiro de 2025. / Horário: 20h / Local: Teatro Municipal Ziembinski Endereço: Rua Heitor Beltrão, s/n. Tijuca. / Classificação: 12 Anos / Ingressos em RIO Cultura – Ingressos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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