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Acervo mostra memória do setor de serviços no país, com inclusão social

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Na história da construção civil e da terceirização de serviços no Brasil, uma das biografias que merece ser resgatada é a do empresário Bernardo Monteverde. Desbravador que sempre agregou valores humanitários na sua carreira empresarial, Monteverde vivenciou uma rica e sólida experiência ao longo do seu percurso e que pode ser conhecida através de objetos, documentos, fotos e arquivos expostos no Memorial Monteverde, no Centro do Rio de Janeiro. Trata-se de um dos poucos museus de empresa no Rio, criado para preservar um legado e narrar uma história empresarial, buscando o reconhecimento da alma empreendedora de seu fundador. 

Iniciando sua trajetória como mascate, Bernardo Monteverde visitou várias regiões do país. E apesar das dificuldades, a perseverança sempre foi um traço forte no descendente de imigrantes russos, nascido em Santa Catarina (1912-1997). Assim,  movido pela persistência e determinação, ele foi obtendo conquistas no setor da construção civil, manutenção, conservação e desinfecção hospitalar.

Homem de visão, construiu edificações Brasil afora, como o prédio da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, abrigos e pontes do Parque Nacional de Itatiaia(RJ),  o aeroporto de Cuiabá(MT), agências do Banco do Brasil em diversas cidades como: Itabuna (Bahia) e Conselheiro Lafaiete (MG) entre outras, com a marca da Monteverde Engenharia, fundada em 1939.

Uma outra característica acentuada do empresário foi a preocupação com a inclusão social. Um exemplo: perto do Natal de 1940, Bernardo premiou seus funcionários com uma caderneta de poupança. A força da ideia deu origem a proposta do 13º salário, implantado posteriormente pelo presidente Getúlio Vargas.

Desde seu início, o pioneirismo estava no DNA da Monteverde: na década de 1960, Bernardo Monteverde ergueu diversas construções na nascente capital federal, convocado pelo então presidente Juscelino Kubitschek. Complementando o serviço com um toque de classe, sua empresa cuidou da limpeza de todos os edifícios públicos da cidade para a tão esperada inauguração de Brasília.

Incansável, Monteverde extrapolava a atividade empresarial e desenvolveu vários projetos humanistas, de filantropia, tendo se tornado um mecenas que patrocinou diversos projetos culturais que resultaram em títulos de reconhecimento, como os de cidadão benemérito do Rio de Janeiro e de Brasília.

Bernardo Monteverde faleceu em 1997, mas sua obra está perpetuada no Memorial Monteverde, que chega aos 27 anos em 2025. Neste espaço, dentre várias outras temáticas, uma narrativa de superação se destaca: o exemplo de vida de William Monteverde, filho de Bernardo e Esterzinha. Nascido com deficiência visual, o jovem desde cedo foi estimulado pela mãe a enfrentar a vida.

Estudioso, aplicado e perseverante, passou em primeiro lugar no concurso de direito para a UEG (atual UERJ), onde foi o primeiro aluno de sua turma e em seguida atuou como advogado nas empresas Monteverde, e em Teresópolis, onde fixou residência.

Serviço: Memorial Monteverde/ Local: Rua Evaristo da Veiga, 55/5º – Centro / Visitação:  de 2ª feira até  6ª feira, de 10h às 15h. / Tel: (21) 2240-4747 – Entrada grátis

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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