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“Isaura” retorna aos palcos em curta temporada

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Depois de uma temporada de sucesso no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro e Teatro Carequinha, em São Gonçalo, passando também por unidades do Teatro Sesc RJ, o espetáculo “Isaura”, retorna aos palcos do Rio para uma curtíssima temporada no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira e no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro. 

“Isaura” tem como objetivo principal reverenciar a trajetória da artista que pertence a uma geração que marcou história, auxiliando na constituição e fundação do campo estético, político e artístico das danças negras cariocas.

“É uma grande alegria e de suma importância poder continuar contando as nossas histórias. Falar de Isaura de Assis é tirar da invisibilidade uma trajetória belíssima e fundamental   para o  processo de formação cultural negra na cidade do Rio. Isaura de Assis foi uma mulher à frente de seu tempo, artista, sambista, politizada, sensível, criadora e empreendedora. Levar ISAURA aos palcos, além de um resgate histórico e ancestral é também uma grande inspiração para as novas gerações e para o público em geral que se encanta em conhecer e passear pela história desta mulher tão marcante da cultura afro carioca. , pontua Aline Valentim, criadora e idealizadora do espetáculo. 

Pensando no enfrentamento ao apagamento de histórias de mulheres negras, o espetáculo de dança Isaura, conta com musicistas convidados e leva ao público a história e o legado deixado pela bailarina, que é uma das pioneiras da dança negra na capital fluminense, além de reforçar a luta contra o apagamento de seu legado.

“Isaura propõe o mergulho na vida e na obra da artista da cena, bailarina e ativista Isaura de Assis. O Rio de Janeiro precisa conhecer quem foi Isaura e seu legado precisa ser reafirmado, nos contextos das danças negras e performativas. Uma ancestral que desenha com o corpo e a alma, a leveza que era sua marca, como quem desenha no tempo-espaço a espiral de um passado muito presente”, afirma Cátia Costa, que assina a direção artística da montagem.

A ideia nasceu há alguns anos, depois de um encontro de Aline e Dona Isaura, intermediado por uma ex-aluna, que culminou no desejo de levar à cena esta história de forma mais profunda e substancial. Segundo Aline, o espetáculo ambiciona contar a história dessa linhagem, que engloba não só Isaura de Assis, mas também Dona Mercedes Batista, Mestre Dionísio e tantos outros que fizeram e fazem história nas artes e na dança e ela lembra ainda que a visibilidade dessas pessoas tem voltado aos poucos. 

Isaura traz à cena uma pesquisa coreográfica que evidencie a linguagem e corporeidade própria de Dona Isaura, que marca o ponto de construção de sua singular enquanto intérprete e performer. Para isso, contamos com a participação ilustre de Mestre Dionísio que dançou com Dona Mercedes, conheceu o trabalho de Dona Isaura e fez a preparação corporal da parte da Porta Bandeira, que Dona Isaura também foi”, explica Aline. 

A proponente ressalta ainda que o processo de criação da montagem investigou os marcos importantes da trajetória de Dona Isaura e, por fim, estabeleceu um atravessamento de gerações com seu próprio corpo, que representa cenicamente gestuais e fluxos de movimentos propostos por Dona Isaura. Para além disso, estabelece o cruzamento com sua própria trajetória, formação, corporeidade e linguagem dentro das danças negras atuais. 

“O espetáculo dá continuidade à linha de pesquisa que iniciei no solo Vozes de Nós, de 2019, que tinha como mote histórias de mulheres pretas ancestrais, quilombolas e de outros campos, veio a se tornar uma homenagem à Marielle Franco”, explica Valentim. 

“Isaura segue na perspectiva de valorização dos legados femininos, agora num encontro com um referência da própria dança com uma equipe bastante especial, que irá agregar uma riqueza dramatúrgica na construção do espetáculo Isaura”, finaliza Aline Valentim.

SERVIÇO: 02 de maio no Museu da História e Cultura Afrobrasileira – Rua Pedro Ernesto, Gamboa / 03 e 04 de maio no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro – Rua José Higino, 115, Tijuca

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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