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“Para onde vai o silêncio da queda” estreia no Glaucio Gill

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Uma revolução nas relações está em curso: termos como síndrome da escolhida, redpill, relacionamento abusivo, esquerdomacho e não-monogamia têm tomado conta das discussões sobre o amor na contemporaneidade, esses e outros tópicos atravessam a cena em “Para onde vai o silêncio da queda”, solo idealizado e protagonizado por Virgínia Martins, com direção de Karla Tenório.

Em cena, a atriz interpreta a si mesma e a sua bisavó, que tem o mesmo nome. Duas Virgínias Martins, separadas pelo tempo e pelas circunstâncias, mas unidas por uma história carregada de percalços na vida amorosa. A bisa Virgínia sonhava com o Rio de Janeiro e com uma paixão proibida, mas viveu no sul da Bahia até falecer precocemente do coração. Já a Virgínia atriz, foi a primeira da sua linhagem a ter sucesso na tentativa de migrar para a cidade maravilhosa, e aproveita a chance para curar, no palco carioca, as dores de um coração tantas vezes partido. 

Com linguagem contemporânea, a peça é uma comédia dramática, em formato stand-up documental, que expõe o paradoxo sobre a independência emocional e financeira da mulher e as fantasias românticas. Segundo Virgínia Martins, que é também formada em psicologia, a escolha de entrelaçar os temas amor e ancestralidade não foi à toa: “Falar de vida amorosa é também olhar pra trás, para aqueles que vieram antes. Nossos pais são referências básicas. Eu acabei olhando um pouquinho mais longe! Já que meu nome foi uma homenagem a minha bisavó, fui atrás da história dela, percebi o quanto ela sofreu na mão dos homens, e me identifiquei”, explica. 

Outro contexto relevante da peça é a migração. A atriz investiga o quanto as relações também podem estar atravessadas pelo território: “o início da minha vida amorosa foi marcado pelo fato de ser uma nordestina no Rio de Janeiro. Cheguei aqui com 17 anos e ouvi de parceiros coisas como ‘não fala com sotaque baiano, pra ser aceita na sociedade carioca vai ter que perder esse sotaque de taquara rachada’. Além de toda a sexualização que me foi atribuída pela minha ‘baianidade’. Num momento específico da minha vida fui muito estigmatizada como uma mulher pra transar.”, revela.

SERVIÇO: Temporada: 07 a 28 de maio – às quartas / Horário: 20h / Local: Teatro Glaucio Gill – Praça Cardeal Arcoverde, s/n – Copacabana / Ingressos em  https://funarj.eleventickets.com

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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