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“Pandeiros do Brasil: História, tradição, inovação” celebra um dos instrumentos fundamentais da Música Popular Brasileira

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Imortalizado em versos como esse, da canção icônica de Assis Valente, consagrada pelos Novos Baianos, o pandeiro é um dos instrumentos mais emblemáticos da música brasileira. Mas poucos conhecem sua história, que atravessa os séculos e chega ao Brasil trazida pelos colonizadores. Contar as múltiplas facetas dessa jornada e aproximar o público do universo do pandeiro é a proposta que guia “Pandeiros do Brasil: História, tradição, inovação”. A mostra permanente será inaugurada na Casa do Pandeiro, localizada próxima à estátua de Pixinguinha, na Travessa do Ouvidor, Centro do Rio de Janeiro.

Com curadoria da pandeirista e professora Clarice Magalhães e do pesquisador Eduardo Vidili, autor da tese A vida social do pandeiro no Rio de Janeiro (1900-1939), a exposição se desenvolve em dois eixos principais: histórico-sociológico e artístico. O público poderá explorar uma série de imagens, quatro obras de arte inéditas, incluindo uma escultura e uma instalação, um vídeo interativo e diversas variações do instrumento, que estarão disponíveis para experimentação, promovendo uma experiência interativa e sensorial. Haverá também uma pequena biblioteca com títulos de referência sobre o tema.

O eixo histórico-sociológico da exposição percorre a trajetória do pandeiro desde suas origens ancestrais. O primeiro registro iconográfico do instrumento no mundo remete a uma pintura rupestre na Turquia, datada de mais de 5 mil anos. O pandeiro teria sido levado à Europa pelos mouros e, posteriormente, trazido ao Brasil pelos colonizadores portugueses. No Brasil, foi rapidamente adotado pelos escravizados e tornou-se parte fundamental das manifestações culturais afro-brasileiras..

A obra encomendada ao artista plástico Luiz Gustavo Nostalgia ilustra a chegada dos pandeiros ao Novo Mundo.. Não por acaso, o primeiro registro imagético do instrumento no Brasil é um desenho de 1640 do holandês Johan Nieuhof, que também integra a exposição. A imagem mostra uma mulher escravizada com um pandeiro na mão. 

Além disso, a exposição também aborda a relação entre o pandeiro e o feminino. Símbolo de fertilidade, na Europa ele era predominantemente tocado por mulheres, mas essa tradição se perdeu com o tempo. A exposição resgata a importância das mulheres no universo do pandeiro e reflete sobre sua presença na percussão brasileira contemporânea, majoritariamente masculina.

“A exposição trata de personagens, de ontem e de hoje, que contribuíram para o desenvolvimento de técnicas e concepções do pandeiro e para sua respeitabilidade; dos luthiers, as pessoas que constróem pandeiros (e aqui damos atenção também à materialidade do instrumento); da imensa pluralidade de manifestações constatada no Brasil, que nos permite falar em pandeiros brasileiros.”, explica o pesquisador e curador da mostra Eduardo Vidili. Ele falará ao público presente na abertura, assim como o músico Barão do Pandeiro, dois especialistas no instrumento. 

SERVIÇO: inauguração no dia 10 de maio, exposição ficará em cartaz de forma permanente no espaço.  / Casa do Pandeiro: Tv. do Ouvidor, 36 – Centro / Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 10h às 17h, exceto quarta; das 10h às 20h.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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