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“LATOPÁ” faz imersão que conecta ancestralidade, espiritualidade e arte contemporânea

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 Uma imersão nas cosmovisões afro-brasileiras sobre a origem do mundo e o papel central de Exu como força de comunicação, transformação e movimento. Esta é a proposta da exposição “LATOPÁ”, em cartaz no centro cultural Futuros – Arte e Tecnologia, no Flamengo.

Realizada pelo Coletivo Ankara em parceria com o Instituto Osé Dudu, a mostra reúne cerca de 26 obras — entre pinturas, videoarte, instalações, esculturas e performances — de artistas como Ana Cláudia Almeida, Andressa Moreira, Arda Paranhos, Beta Azevedo, Cobrinha, Dansikó, Heleine Fernandes, Iya Paula de Odé, Katiúscia Ribeiro, Luiz Rufino, Medusa Yoni, Novíssimo Edgar, Pedro Bah, Shay Yaguara, Tadáskía, Thaís Iroko e Wes Illustra. A curadoria é de Lorraine Mendes, da Pinacoteca de São Paulo, com expografia de Weslei Pacheco. 

Latopá é o nome ancestral atribuído a Exu no mito da criação do mundo, quando uma explosão primordial deu origem a uma pedra vermelha fervente com este nome, que é uma manifestação da energia de Exu. Ao ocupar os andares do Futuros – Arte e Tecnologia, a exposição constrói uma narrativa visual que confronta o imaginário cristão-colonial que demoniza Exu, ao mesmo tempo em que propõe um novo olhar sobre espiritualidade, matéria e tecnologia a partir de epistemologias afrocentradas. 

“LATOPÁ é uma tecnologia ancestral que se manifesta no mundo e na arte”, afirma a curadora Lorraine Mendes. “Reunimos um coletivo de artistas cuja prática poética é guiada por sua fé. São pessoas que reconhecem essa força criadora como caminho de construção e fabulação de mundos. Ao reunir essas obras, abrimos também um espaço de construção coletiva para desconstruir preconceitos de que Exu não é diabo. É sobre mistério, forma, matéria e beleza. E LATOPÁ tenta reunir tudo isso.” 

Além de provocar reflexões, a exposição aposta em experiências educativas e sensoriais. Durante o período expositivo, o público poderá participar de visitas mediadas, formações com arte-educadores e performances interativas. Pensando na reflexão e ampliação sobre o tema, a abertura contará com rodas de conversa em parceria com o Instituto Osé Dudu, ampliando o diálogo e aprofundando os temas propostos. 

Pensada para ser mais acessível a diferentes públicos, a mostra contará com alguns recursos de acessibilidade, como: Libras e legenda nos vídeos, audioguia com orientações gerais e versões táteis de algumas obras. Todos os recursos estarão disponíveis no webapp da exposição.

O projeto também dialoga com a missão do centro cultural, que desde sua virada de marca, em abril de 2023, busca ampliar as fronteiras entre arte, ciência e inovação por meio de exposições com recortes decoloniais e afrofuturistas. “O Futuros – Arte e Tecnologia recebe a exposição Latopá, reafirmando seu compromisso com a valorização de narrativas plurais por meio da arte e da comunicação. Esperamos com essa mostra, que apresenta o mito da criação do mundo segundo cosmovisões afro-brasileiras, estimular a reflexão, o reconhecimento das heranças culturais e a desconstrução de preconceitos, em direção a futuros mais inclusivos”, destaca Victor D’Almeida, gerente de cultura do Oi Futuro. 
 

O Instituto Osé Dudu e o Coletivo Ankará foram contemplados pelo Edital Ações Locais – Edição Cultura Viva (2024), com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), no âmbito da Política Nacional Cultura Viva, uma iniciativa do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, em parceria com a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e a Secretaria Municipal de Cultura. A exposição também conta com o apoio da Kuba Audio, da galeria Camaleons.art, e da Cultura de Acesso e da OLABI.

Serviço: Até 27 de julho / Visitação: Quarta a domingo, das 11h às 20h 
Entrada franca / Local: Futuros – Arte e Tecnologia / Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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