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Karin Lambrecht expõe novas obras no Rio de Janeiro

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Nara Roesler Rio de Janeiro recebe a exposição “A Intimidade da Luz”, com 24 obras inéditas da artista Karin Lambrecht, nascida em 1957, em Porto Alegre, e há oito anos residente em Broadstairs, na Ilha de Thanet, costa sudeste da Inglaterra. A abertura será no dia 15 de julho de 2025, das 18h às 21h, e a mostra fica em cartaz até 9 de agosto de 2025. Em 2024, Karin Lambrecht ganhou a individual “Seasons of the Soul” (“Estações da Alma”), no Rothko Museum, em Daugavlpils, Letônia, e ela participa da coletiva “Geometrias”, no Museu de arte de São Paulo (MASP), em cartaz até 3 de agosto.

A pintura “Butterfly” (2025), em pigmentos em resina acrílica sobre lona, e medindo 1,70 metro de altura por 2,05 metros de comprimento, ocupa um lugar central na exposição, acompanhada de uma frase da artista, escrita em vinil na parede: “Pintura vive na intimidade da luz e dorme junto a nós à noite”. Karin Lambrecht usa variados pigmentos em seus trabalhos, muitas vezes acrescidos de outros materiais, como pastel seco, cobre, carvão e recortes de lona. A exposição terá também aquarelas sobre papel, em que a artista adiciona em algumas bordados, cortes, e colagem sobre papel.

Fernanda Lopes escreve que “as obras que Karin Lambrecht apresenta nesta exposição parecem estar murmurando algo”. “Elas estão impregnadas do marulho da Ilha de Thanet, na costa sudeste da Grã-Bretanha, onde a artista reside desde 2017. Também ressoam nessas superfícies camadas, vestígios e memórias de todo o tempo dedicado a cada uma delas no ateliê, e toda a história à qual ela se remete. Aqui, tudo parece estar vivo, tudo parece se mexer. Mesmo que em um movimento de tempo mais lento, quase meditativo”. 

“É na intimidade dos encontros que se constituem esses trabalhos, e as mais de quatro décadas de trajetória da artista. A construção do seu território pictórico se dá essencialmente na presença do corpo, estabelecendo uma relação poética, mas também profundamente física. Karin nunca teve assistentes, executando ela mesma toda a rotina de ateliê na preparação e realização de cada obra. Entre o autorretrato e a performance, sua produção é resultado de tudo o que seu corpo tenta, suporta, alcança e consegue executar, testando a todo momento seus limites e incorporando falhas e desgastes”, assinala. 

A crítica destaca ainda que as pequenas anotações feitas em carvão vegetal, “algumas vezes ilegíveis ou quase imperceptíveis”, feitas por Karin Lambrecht em suas pinturas,” são como sussurros diluídos entre as camadas de cor que tomam conta da tela”. “Fragmentos de memórias que não sabemos ao certo se resistem na superfície ou se estão se esvaindo nessa espécie de neblina. A palavra, indício da presença e da história do corpo, é tratada aqui como parte da construção da pintura. Não necessariamente precisa ser lida ou compreendida. Na verdade, as palavras de Karin funcionam como um alerta brechtiano. Um ruído para chamar a atenção do espectador, e talvez dela mesma, para a ilusão do plano”.

Serviço: De 16 de julho Até 9 de agosto de 2025 / Local: Nara Roesler Rua Redentor, 241, Ipanema.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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