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Hugo França reúne mais de 30 obras em nova exposição

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“Natureza, Escultura e Sustentabilidade”, do artista Hugo França, é a primeira exposição da FGV Arte a ser inaugurada ao ar livre. A abertura ocorreu na esplanada da Fundação Getulio Vargas, em agosto. A exposição reúne mais de 30 obras entre móveis e esculturas, que marcam a trajetória singular do designer. 

A exposição propõe uma verdadeira experiência para os visitantes: todos podem interagir ativamente com as peças que estarão na mostra, será permitido tanto sentar nos bancos quanto tocar nas esculturas. Com uma abordagem profundamente ecológica e poética, as obras escolhidas por Hugo França expressam um forte impacto da presença da natureza e darão ao espectador uma ideia do conceito e do processo de produção de cada uma delas. 

“O fato de as pessoas interagirem com as obras é, certamente, um grande diferencial, pois possibilita uma experiência sensorial muito maior. O público pode esperar um grande show de formas orgânicas que a natureza proporciona, que tem entre outras coisas um valor arqueológico e escultórico que reverencia a floresta”, conta Hugo França. 

Reconhecido internacionalmente por suas esculturas-mobiliárias monumentais, o artista utiliza resíduos florestais caídos da Mata Atlântica, ressignificando troncos e raízes em obras que combinam arte, design e consciência ecológica.

O artista explica que seu interesse por esse conceito de trabalho surgiu no início dos anos 1980, quando se mudou para Trancoso, no sul da Bahia, e se deparou com a intensa exploração predatória da floresta tropical — especialmente da Mata Atlântica, um dos biomas mais importantes do planeta.

“As esculturas nascem da observação das formas orgânicas das árvores mortas [resíduo florestal], e a partir daí são esculpidas seguindo a orientação da estrutura original da árvore que são incorporadas a obra. A natureza é a primeira a esculpir a obra, eu sigo o que as formas orgânicas e a textura da árvore já tinham”, explica França. 

Durante dois meses, as peças estarão expostas as constantes mudanças de clima da cidade carioca, e o público poderá observar como a influência do meio ambiente é um fator de transformação para a obra de arte. 

O curador da galeria Paulo Herkenhoff, explica que as obras do artista expressam uma linguagem simbólica que propõe a resistência pela suavidade: “Os móveis uterinos de Hugo França são esculturas que acolhem. Você se senta e fica”, pontua o crítico. 

Serviço: Em cartaz de 14 de agosto a 13 outubro de 2025 / Praia de Botafogo, 186 – Esplanada da Fundação Getulio Vargas
Entrada gratuita

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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