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“Quero escutar meu coração bater” aborda a depressão e seus desdobramentos

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A angústia de não conseguir ouvir o próprio coração ressoar foi o ponto de partida para criação do solo teatral “Quero escutar meu coração bater”, que aborda a depressão e seus desdobramentos.

O monólogo, idealizado, escrito e protagonizado por Tainá Bevilacqua, parte de uma vivência pessoal da atriz, diagnosticada com a doença no fim de 2021, e a vontade de transformar sua trajetória em matéria artística, forma encontrada por ela de expurgar a dor e ressignificar sua experiência. A dramaturgia do espetáculo foi desenvolvida por Thiago Bomilcar Braga, que também assina a direção e contou com a assessoria da arte-terapeuta Maria de Fátima Oliveira e da neurocientista Iris Bomilcar. 

Por meio da metalinguagem, acompanhamos em paralelo a montagem da peça e o desdobramento da depressão na vida da atriz, desde os primeiros sintomas até o dia da estreia do espetáculo. A tristeza inerente, a decisão de deixar o emprego, a procura por tratamentos alternativos, o encontro com diversos profissionais com o intuito de entender a doença, entre outros acontecimentos, permeiam a peça. 

Em meio às pesquisas para amparar sua angústia, ela descobre o timo, uma glândula vital escondida entre os peitos, estritamente ligada às nossas emoções. Este reconhecimento gera tensão entre corpo e mente, que a guia na procura de um sentido para a vida. Como resultado, ela entende que o timo pode ser um dos seus maiores aliados no caminho da cura.

“Poucas pessoas tem conhecimento sobre o timo, um órgão tão importante no nosso corpo. Quis trazer ele para cena para o apresentar ao público e mostrar como ele é simbólico na nossa busca diária pela felicidade”, explica Tainá.  

Mais do que uma história pessoal, a peça provoca reflexões sobre saúde mental em um país onde o acesso a cuidados ainda é limitado. Segundo levantamento do Instituto República.org (2023), existem apenas 19 psicólogos para cada 100 mil habitantes no Sistema Único de Saúde (SUS). Num cenário em que a saúde mental é frequentemente negligenciada, trazer a depressão para o palco é um gesto de enfrentamento, de diálogo e de acolhimento.

Serviço: De 08 a 29 de outubro / Quartas às 20h / Sede da Cia dos Atores / Rua Manuel Carneiro 12 – Escadaria Seláron – Lapa / Vendas: Sympla  (https://www.sympla.com.br/ ) / Classificação 14 anos

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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