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“NAS SELVAS DO BRAZYL” está em cartaz no CCBB RJ

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Através da histórica expedição realizada por dois homens emblemáticos do início do século XX, a peça “NAS SELVAS DO BRAZYL” busca uma nova forma de compreender as relações entre humanos e natureza, e a origem do povo brasileiro. A peça convida o público a uma reflexão sobre temas urgentes como mudanças climáticas, diversidade e ancestralidade. 

As figuras históricas de Theodore Roosevelt Jr. (1858-1919) e do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865-1958) personificam dois arquétipos: o do homem branco estrangeiro colonizador e a do homem militar pacifista engajado na construção de uma ideia de nação, tendo descoberto e nomeado rios, montanhas, vales e lagos, além de implantar mais de cinco mil quilômetros de linhas telegráficas nas florestas brasileiras.

A partir das memórias desta expedição, “NAS SELVAS DO BRAZYL” imagina tudo aquilo que não foi dito entre Roosevelt e Rondon – o acerto de contas entre um ex-presidente estadunidense e um conhecido sertanista brasileiro, militante na defesa dos direitos indígenas e na exploração responsável do território brasileiro. 

” “NAS SELVAS DO BRAZYL” retoma um acontecimento histórico para o nosso país, o encontro do presidente Theodore Roosevelt com o Marechal Cândido Rondon. O que me chama atenção nesse encontro é que ele é um encontro pouco falado, pouco narrado e pouco conhecido. Nesse sentido, a dramaturgia investe num exercício de imaginar, especular o que teria acontecido entre os dois. A dramaturgia também pensa que há nesse encontro uma síntese de processos históricos importantes, feridas históricas importantes para o nosso país como, por exemplo, a ideologia do progresso e do desenvolvimento, todo processo de colonização, de subalternização do Brasil, dependência do Brasil em relação os Estados Unidos – processos que hoje cobram o seu preço e se pronunciam em nossas vidas de modo muito visível e avassalador.”, explica Pedro Kosovski, dramaturgo.

Temas como o etnocentrismo, a postura colonizadora do homem branco em relação à floresta e seus povos, a hegemonia geopolítica dos EUA sobre Brasil, são abordados pelos personagens em um diálogo aberto e franco. 

“Estamos cada vez mais desabrigados. O palco é suficiente para nos salvar? Não sei, mas sempre acreditei, e continuo acreditando, que o teatro é uma possibilidade de transformação da experiência da existência. Assim vamos nos agregando com nossos pares, da cena e de fora da cena, e sustentando a ilusão de que há potência de construção de uma outra possibilidade diferente daquela do deserto provocado pela voracidade humana. Talvez não seja uma ilusão!”, reflete o diretor, Daniel Herz.

SERVIÇO: De 10 de outubro até 30 de novembro / Teatro I do CCBB RJ / Centro Cultural Banco do Brasil RJ  Rua Primeiro de Março, 66 / Centro, RJ  / CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 14 anos /

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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