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 “A Canção dos Oprimidos”, um musical contemporâneo, baseado em Os Miseráveis 

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O clássico Os Miseráveis ganha alma brasileira em “A Canção dos Oprimidos”, um musical contemporâneo e visceral que transpõe a Revolução Francesa para o coração das favelas do Rio de Janeiro. A obra retrata o Brasil profundo: suas feridas, sua fé e sua luta por justiça, em uma encenação que mistura drama, crítica social e ritmos populares como samba, rap, axé e olodum.

O espetáculo marca a estreia da produção na capital carioca e, ao mesmo tempo, sua despedida de São Gonçalo, cidade em que o projeto nasceu. Após temporadas com sessões esgotadas e mais de 500 espectadores alcançados, o grupo realiza uma turnê de encerramento com três apresentações únicas, em formatos distintos, reafirmando a força da arte como ferramenta de resistência.

A trama acompanha Jean, homem negro que tenta reconstruir a vida após ser preso injustamente. Perseguido porseu ex-carcereiro, Xavier, ele encontra apoio espiritual em Mãe Lázara d’Ogum e se une a uma juventude em ebulição,liderada por Júlio e Madame Satã, que se levanta contra a violência e o abandono do Estado.

A direção de Charles Alves propõe um diálogo entre o realismo e o teatro épico: o palco se estende até a plateia,rompendo as paredes da ficção e convidando o público a fazer parte da narrativa. A dramaturgia, assinada por CharlesAlves, Flávia Freitas e Gabriel Engel, mergulha em temas como intolerância religiosa, reintegração de ex-detentos, prostituição, corrupção e violência de Estado, conduzindo o público entre crítica e catarse. Na direção de produção, Pietra Aranda articula o trabalho de mais de 20 artistas em cena e conduz um processo coletivo que une técnica e propósito. Henrie Araújo, na assistência de direção, contribui para a construção visual e sensorial da montagem, também responsável pela cenografia do espetáculo.

A estética do musical parte da reciclagem e do reaproveitamento de materiais, transformando insumos descartáveisem poesia visual. Cada elemento cênico reforça o sentido simbólico de uma obra que fala de reconstrução —individual, social e artística.

Além do palco, “A Canção dos Oprimidos” também se afirma como um projeto de inclusão e formação. O espetáculo promove ações afirmativas, oferecendo ingressos gratuitos para comunidades umbandistas e ex-detentas, além de workshops de produção cultural e empreendedorismo artístico voltados a grupos periféricos. Em todas as apresentações, há equipe de apoio para acessibilidade.

SERVIÇO: 05 de novembro / Teatro Miguel Falabella – NorteShopping / Sessão com tradução simultânea em Libras) Ingressos  bileto.sympla.com.br/event/112414 / 14 de novembro — 20h / Teatro Del’Art – Barra Point / Ingressos: bileto.sympla.com.br/event/112311

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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