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“ALEITO” no Espaço Cultural Municipal Sergio Porto

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Ao dar corpo e voz a uma mulher silenciada e esquecida, o monólogo “ALEITO” lança luz sobre uma questão urgente e atual: o abandono em vida, que gera solidão e apagamento, essa é a premissa que dá sentido à obra protagonizada pela atriz Paula Furtado.

Em “ALEITO” acompanhamos uma mulher esquecida pelos outros e esquecida de si mesma após décadas de vida dedicadas à família e ao trabalho doméstico. A partir de lembranças fragmentadas, ela conta a sua história e, pela primeira vez, toma as rédeas do seu destino.

Criado pelo coletivo interartístico uma película, “ALEITO” tem dramaturgia de Lane Lopes e direção de Isadora Krummenauer. O público é convidado a adentrar um território íntimo, onde a personagem revisita suas memórias e revive gestos de tantas mulheres que, mesmo presentes, tornaram-se invisíveis em suas próprias casas.

Para Paula Furtado, “ALEITO” não busca representar a velhice, mas ressignificá-la como um espaço de sonho, desejo, memória e ruptura. A obra traz à cena uma personagem que decide reconstruir a própria história a partir dos escombros da memória.

“ALEITO trata de um processo que atinge a todos: o envelhecer, mas que é especialmente cruel com as mulheres. A personagem é uma mulher que sonha, deseja, se arrepende, muda de ideia e compra briga. Mesmo viva e vibrante, está se tornando esquecida – pelos outros e por si mesma. A dramaturgia costura histórias de muitas mulheres (histórias que corriam no rio das narrativas não-oficiais das famílias) e desloca as contradições do âmbito doméstico para o debate público. Agora cabe aos corpos femininos e marginalizados tomarem as rédeas da história, com um olhar atencioso ao passado e corajoso frente ao futuro”, explica a dramaturga Lane Lopes.

A diretora Isadora Krummenauer reforça o caráter poético da encenação: “Como nas imagens de Francesca Woodman, a personagem tem seu corpo feminino testando os limites entre concreto e onírico. Seu corpo se confunde com o ambiente doméstico, se perdendo nos devaneios, sonhos e mobília. Em ALEITO, uma mulher habita sozinha uma casa que é também extensão de seu corpo e de sua memória. Nesse espaço íntimo e simbólico ela convive em uma rotina com os objetos que a cercam. Ao dar vida a eles tem seu vazio preenchido por presenças silenciosas, que reencarnam mortos e lembranças do passado. O palco se torna o abrigo de sua solidão e também o lugar onde as lembranças ganham corpo”, ressalta Isadora.

Em sua terceira temporada, agora sob nova direção, o espetáculo renasce com um olhar ainda mais humano e sensível. Segundo o coletivo uma película, a personagem deixa o lugar simbólico e ganha presença concreta de uma mulher real, que sente, sonha, deseja e falha.

Serviço: Data: 21 de novembro a 14 de dezembro de 2025 / Horários: 19h (sextas-feiras e sábados); 18h (domingos) / Ingressos:  https://ingressosriocultura.com.br/riocultura/events/48779?sessionView=LIST / Local: Espaço Cultural Municipal Sergio Porto | Sala Preta / Endereço: Rua Visconde de Silva, s/nº (ao lado do prédio 292) – Humaitá / Classificação indicativa: 14 anos

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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