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Betina Guelmann expõe no Largo das Artes

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Betina Guelmann apresenta sua primeira individual, “Corpo Gravado”. Com curadoria de Adriana Nakamuta, a exposição reúne cerca de 15 obras, entre objetos visuais, videoarte, esculturas e instalações feitas de linóleo, tipo de revestimento de piso usado por bailarinos. Betina, que possui uma carreira consolidada na dança, com especializações no Brasil e no exterior, há dois anos realiza uma pesquisa visual sobre a superfície que sustentou os movimentos de seu corpo ao longo da vida. O que era imóvel ganhou movimento, o que era suporte para os pés, como bailarina, virou suporte para as mãos, como artista visual, num paciente trabalho artesanal, onde entram dobras, cortes, costuras, colagem..

Feito de materiais naturais, como óleo de linhaça, resina de pinho, pó de cortiça e madeira, e uma base de juta, o linóleo é amplamente usado por bailarinos em palcos e salas de ensaio por possuir uma superfície lisa que permite bom deslizamento e aderência. Nessa exposição, o material ganha outros significados, como se a artista realizasse uma espécie de dança com ele. “O linóleo que usei nas peças é o mesmo sobre o qual dancei nos últimos 15 anos. Ele está impregnado com as marcas do tempo, tanto visíveis quanto invisíveis, físicas e simbólicas, tanto na frente como no avesso, incluindo as manchas de colagem no chão”, diz a artista, que integrou a famosa companhia “Vacilou, Dançou”, fundada por Carlota Portella, na década de 80. 

Segundo Adriana Nakamuta, a exposição mostra uma série de peças feitas com base numa diversidade de técnicas, de soluções, de experimentações com o mesmo material. “O linóleo é resistente, durável, difícil de trabalhar. Ao mesmo tempo que é maleável, tem vontade própria. Durante o manuseio, muitos acasos e surpresas acontecem e isso me instiga”, diz a artista. “Embora seja a primeira exposição e a primeira individual de Betina, ela tem uma trajetória de pesquisa do movimento que agora se consolida na arte visual. A carreira toda dela de bailarina está de certa forma materializada nessa memória, nesse tempo e nesse linóleo. É o corpo físico Betina e o corpo linóleo com todas essas gravações do tempo. O título da exposição, ‘Corpo gravado’, é uma referência a isso”, conclui a curadora.

. A mostra abre no dia 6 de dezembro de 2025, sábado, às 10h, e vai até 17 de janeiro de 2026, no Largo das Artes, no centro histórico do Rio de Janeiro. A entrada é franca.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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