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Centro Nacional recebe exposição de La Ursa com tributo à Pernambuco

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Marca registrada do carnaval de Pernambuco, dentro e fora do Brasil, a máscara La Ursa motiva a exposição “Entre máscaras e gigantes: Os Juliões do carnaval de Olinda” que será inaugurada no Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, no Catete. A exposição é montada a partir do legado de Julião Vilela, artesão nascido em Olinda no final do século 19. Ao todo, quatro gerações perpetuam o legado de Julião. Filho, neto e bisneto seguiram trabalhando com a criação de máscaras.

Na abertura da mostra, estarão presentes o neto e o bisneto dessa linhagem de artistas populares: João Dias Vilela Filho e o filho Mateus, além de Anderson Ezequiel Leite, colaborador, vêm ao Rio especialmente para a ocasião e conduzirão uma oficina de máscaras, das 14h30 às 16h30. Na sequência da abertura da exposição, às 17h, haverá apresentação dos grupos Favela Brass e A Bagaceira Frevo Orquestra, às 18h30. Será na área externa do Museu de Folclore Edison Carneiro. A entrada é gratuita.

Entre máscaras e gigantes: Os Juliões do carnaval de Olinda traz um breve panorama documental em fotos e vídeo para emoldurar a exibição das máscaras. A premiada fotógrafa Wenny Mirielle Batista Misael, a Uenni, registrou em imagens várias etapas de trabalho da casa/ateliê de João Dias Vilela Filho, em Varadouro, local próximo de onde funciona o Bazar Artístico de Julião das Máscaras, em Olinda. Essas imagens estão na exposição e no catálogo.

Na atualidade, a La Ursa, é onipresente no carnaval de Olinda, mas vai além. Está em decorações, virou nome de restaurante, integra acervo de museus, e aparece no premiado filme “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça, protagonizado por Wagner Moura. A antropóloga Raquel Dias Teixeira é autora da pesquisa e do texto do catálogo da exposição.

“O público terá acesso a um universo simbólico carnavalesco profundamente enraizado na cultura popular pernambucana”, destaca. Mais de 100 peças virão para a SAP, parte estará em exibição, parte no Espaço de Comercialização. Todas estão à venda; os valores giram entre R$ 100 e R$ 250. A pesquisadora ressalta outro ponto fundamental. “O ofício molda rostos e memórias do imaginário popular. Mais que objetos festivos, essas máscaras, ao habitar diferentes lugares e contextos, também expressam vínculos de parentesco, convivência e território, perpetuando um saber que une trabalho, brincadeira e invenção”, analisa.

No catálogo da exposição, é possível saber um pouco mais sobre a família de Julião. De acordo com estudiosos, Julião foi um artista carnavalesco olindense, e a família se estabeleceu na cidade no final do século 19. Seu filho, João Dias Vilela, nascido em 1924, desde cedo desenvolveu habilidades manuais, seguindo os passos do pai. Participava do Pastoril realizado na tradicional Festa de Reis local. Trabalhava elaborando grandes cabeças para fantasias carnavalescas, além de mamulengos, brinquedos de madeira e outros. Chegou a produzir mais de 50 bonecos gigantes e mantinha um bazar na garagem de sua própria casa. Foi professor de artes da prefeitura.

Serviço: De 11 de dezembro até 25 de fevereiro de 2026 / Museu de Folclore Edison Carneiro – Rua do Catete, 179. Catete – RJ. Tel. 21 3032.6052 . Mais informações: www.cnfcp.gov.br

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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