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Museu de Favela (MUF) reabre para o público

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 O Museu de Favela (MUF), localizado no complexo Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, em Ipanema, reabre para o público, no dia 10 de dezembro, a sua nova sede e base de gestão do museu territorial. O marco dessa retomada é a inauguração de nova série da exposição “Um Despertar de Almas e de Sonhos“, resultado da iniciativa público-privada que amplia as possibilidades de atuação do museu, dentro de uma favela da Zona Sul carioca, acolhendo narrativas culturais e biográficas de outras importantes favelas do Rio de Janeiro. 

A exposição de inauguração da nova sede do MUF comporta ambientes físicos e digitais, integrando acervos, experiências com realidade virtual, uma sala imersiva e um game interativo no Roblox. 

A iniciativa do Governo do Estado do Rio, com projetos elaborados pela equipe do Programa Cidade Integrada e parceria da Light, transforma a visitação numa experiência museal vibrante, permitindo que visitantes se aproximem de narrativas de memória, arte e de culturas diversas de algumas favelas no Rio de Janeiro. A iniciativa discursa sobre talento, criatividade e resistência de parte importante da população da cidade do Rio de Janeiro, aquela que habita as favelas.

O espaço inclui área expositiva, área externa destinada para crianças e um café, totalizando cerca de 1.700 m² de novos ambientes (sala para experiências imersivas, laboratório criativo, auditório, reserva técnica e loja com produtos das redes criativas locais). O espaço recebe a exposição de longa duração “Um Despertar de Almas e de Sonhos“, temática proposta pelo MUF, com 20 seções expositivas de fragmentos de memórias das nove favelas cariocas, sendo cinco delas com experiências tecnológicas interativas.

A mostra se estrutura em três grandes eixos — Território, Gente e Arte —, que revelam as diversas dimensões da vida na favela, suas expressões culturais e a força de suas histórias. No eixo Território, o visitante é convidado a percorrer a arqueologia das primeiras habitações do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo. Foi criada uma casa de taipa, em real grandeza, de modo que o público possa adentrar a exposição, evocando a realidade das primeiras moradias da região. 

Em seguida, o visitante é conduzido às primeiras intervenções tecnológicas interativas da exposição. No museu digital, encontra-se uma galeria informativa sobre as nove comunidades, em que é possível escolher em qual território vivenciar uma experiência a partir de realidade virtual, conhecendo cenários, histórias e personagens. Logo a seguir, mais uma animação tecnológica: visitantes poderão jogar o game do museu, feito no Roblox, escolhendo qual favela representar.

O eixo Território também é composto por obras como o Poço do Caminho Novo, da artista Evania de Paula, e as esculturas cinéticas Resiliência, do artista Acme, além de um espaço de homenagem e de reafirmação dos laços, história e raízes que conectam as comunidades. Ao final do primeiro eixo, o visitante poderá percorrer, em realidade virtual, trajetos até mirantes do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, Morro da Providência e Rocinha, em cima de uma moto, além de tirar uma foto para recordação.

O eixo Gente homenageia lideranças locais com instalações como Velhos Ilustres, composta por cinco totens retro iluminados que apresentam fotos e a história de dez moradores que marcam a memória social do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo. O visitante também poderá ver o MUFALA, primeira peça do acervo do MUF, que é um megafone de papel criado como uma ferramenta para auxiliar a comunicação comunitária e simboliza a origem do próprio museu. 

Nessa parte, o visitante também poderá ouvir músicas e depoimentos que expressam as vozes das favelas, além de conhecer um holograma com histórias de moradores. Outras seções do eixo celebram as Mulheres Guerreiras, às Memórias do Samba e prestam uma homenagem àqueles que afirmam identidade coletiva, potência empreendedora criativa e resiliência cidadã em suas comunidades.

Por fim, o eixo Arte expõe obras de quatro artistas moradores do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo e experiências digitais, como o Grafite Interativo, no qual o público poderá criar desenhos inspirados em estilos de grafite, que ganham movimento por meio de inteligência artificial, compartilhando suas criações nas redes sociais.

Além da exposição de longa duração, o MUF abriga a exposição de curta duração “Água e Vida: do poço à torneira“, desenvolvida em parceria com a Companhia Estadual de Águas e Esgoto (Cedae), no âmbito das comemorações dos 50 anos da companhia, que convida à reflexão sobre a importância da água como elemento essencial para a dignidade ambiental da vida no território.

SERVIÇO
Exposições: “Um Despertar de Almas e de Sonhos” e “Água e Vida: do poço à torneira
Dias de funcionamento: Terça a sábado Horário:  das 10h às 18h / Local: Museu de Favela (MUF): Rua Alberto de Campos 12, 4º andar – Ipanema / Acesso virtual: https://www.emuseudasfavelas.com.br/

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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