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Né, do Chimarruts, fala sobre a parceria com James McWhinney, em novo álbum

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Com um total de 17 anos de estrada a banda gaucha de reggae, Chimarruts é um dos principais nomes do gênero no Brasil. Com um total de cinco discos lançados, a Chima como é carinhosamente chamada por seus fãs, já tocou se apresentou nos principais programas da TV brasileira, além de integrar o line up de alguns dos principais festivais de música no país.

Com grandes sucessos como as canções “Saber Voar”, “Versos Simples” e “Do Lado de Cá”, o grupo que é formado por Rafa Machado (voz e violão), Nê (voz e flauta), Tati Portela (voz), Diego Dutra (bateria), Vinícius Marques (percussão), Emerson Alemão (baixo), Sander Fróis (guitarra) e Rodrigo Maciel (guitarra), lançou em 2016 seu quinto disco de estúdio, intitulado “Diferença”, o primeiro trabalho inédito do grupo em seis anos.

O nome do disco é A Diferença, com 17 anos de carreira qual é a principal diferença que podemos ver na Chimarruts?
Nê – Uma maturidade musical, mas sem perder a essência da nossa música e muita liberdade. Ao longo desses 17 anos, evoluímos e aprendemos muito com o nosso trabalho e com as pessoas que gostam do nosso som. Trabalhar de forma independente dá mais autonomia para fazer o que realmente queremos fazer e isso fica muito claro nessa nova fase.

Cada vez mais vários artistas tem utilizado a campanha do financiamento coletivo para a produção de seus projetos. Como a Chima sempre teve esse senso de coletividade com os fãs, como foi esse processo? Vocês sentiram um tipo de cobrança diferente na produção do disco?
Nê – Foi muito legal, pois deu para matar a saudade do nosso começo quando as pessoas tinham um envolvimento direto no que fazíamos. Não existiu cobrança, bem pelo contrário, ficamos muito livres para fazer o que queríamos nesse disco e esse foi o ponto alto da produção.

Podemos imaginar que o Big Moutain seja uma grande referência para o grupo, como surgiu a possibilidade de trabalhar com James McWhinney e como ter ele na produção afetou o processo de criação do disco?
Nê – Temos alguns amigos em comum com a esposa do James, que é brasileira, e daí que começou tudo. Mas com certeza a internet possibilitou e ajudou no nascimento dessa parceria. Trabalhar com o James foi fantástico, pois ele é extremamente criativo e coloca uma energia muito boa em tudo o que faz e isso acabou sendo refletido em todas as músicas que gravamos.

Vocês lançaram recentemente o clipe de “Não Rola”, a outra parceria com James McWhinney. O vídeo, além de contar com belas imagens de San Diego, nos Estados Unidos, conta com vocês levando uma multidão para as ruas de Juiz de Fora. Fica clara a sensação de felicidade e diversão no vídeo, como foi o processo de gravação?
Nê – Foi muito divertido gravar esse clipe, com certeza uma experiência mágica para a gente. O melhor de tudo é que, em meio a toda a descontração, o papo do som é muito real e vai ao encontro do momento que passamos no Brasil.

O Brasil é conhecido por abraçar diversos estilos musicais e vocês vem fazendo um reggae de muita qualidade há vários anos. Como vocês vêem o mercado fonográfico atual, em especial para o gênero do reggae que é tido com muito carinho no Brasil?
Nê – O momento é muito bom para o reggae e tem muita gente envolvida nessa história. Muitas bandas novas tem surgido e cada vez mais o gênero se torna mais popular no nosso país.

O reggae é um gênero musical que abraça o próximo e derruba preconceitos. Sempre com seu olhar muito específico, busca passar uma mensagem de paz, amor e esperança. Com esses difíceis momentos que o Brasil e o mundo estão passando, como vocês encaram a responsabilidade de passar essas mensagens para a geração atual?
Nê – Isso é o que continua nos motivando e sempre foi o que moveu a Chima. Precisamos de esperança, positividade e, principalmente, entender o que está acontecendo no nosso país. A música e a cultura são fundamentais para a informação e a mudança. Seguimos firme nessa luta e a música “A Diferença” fala exatamente disso.

Quais são os próximos passos da Chima? Podemos esperar um DVD registrando a atual fase do grupo?
Nê – Vamos seguir com a turnê do trabalho novo e temos pensado muito nesse DVD, mas ainda não temos uma data para isso. Quem sabe não chega aí em breve!

Renato Maciel
Renato Maciel
Carioca e tijucano, viciado em filmes, séries e tudo envolvendo cultura pop, roteirista e estudante de cinema, podcaster no Ratos de Cinema

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