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Retrospectiva 2017 – Top 10: os melhores filmes do ano

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Todo fim do ano é mesma coisa, tem retrospectiva para todos os lados e nós do Rota Cult, como de praxe, também. Rever e analisar os filmes do ano todo não é fácil, agora, imagine, escolher os 10 melhores. O ano de 2017 foi marcado por grandes produções em quesitos diferentes como blockbusters como Logan, Mulher Maravilha, Liga da Justiça e Star Wars, e as belíssimas produções nacionais como Bingo – O Rei das Manhãs com Wladimir Brichta, Como Nossos Pais, de Lais Bodanzky, O Filme da minha Vida, de Selton Mello e Entre Irmãs com Nanda Costa e Marjorie Estiano.

Mesmo com opiniões muito diferentes de cada crítico, a seleção final chama a atenção por um único motivo: não teve critério, (como assim, você deve estar se perguntando, né) , partimos pelas escolhas pessoais dos críticos do site. Assim como as diferentes linhas de narrativa e produções, nós críticos temos opiniões diferentes, não se trata apenas de analisarmos os quesitos técnicos, mas também, como você se identifica, como o filme tem efeito sobre você e é exatamente isso o que você vai encontrar abaixo. Divirtam-se!

Alessandra Shcolnik – Editora de conteúdo e critica

Dunkirk Ambientado na Batalha de Dunquerque, uma das mais famosas da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), o longa foca na operação de resgate dos cerca de 400 mil homens das tropas Aliadas que tiveram o mar como única rota de fuga após o cerco do exército alemão entre 25 de maio e 04 de junho de 1940.

Paterson Filme é uma celebração da poesia de William Carlos William aos olhos de Jim Jarmusch. Uma visão da vida sem ambição, orientado apenas pela ação de viver. Desde os detalhes às interações diárias, o filme é sóbrio e altamente cru sobre a rotina de seu protagonista que sobrevive dentro de uma pagina vazia que apresenta muitas possibilidades.

Silêncio – Produção, de Martin Scorsese, orçada em US$ 40 milhões,  se tornou uma fascinante histórias dos missionários que o fez seguir quase por uma peregrinação ao longo dos 25 anos de planejamento e produção. O filme é baseado no livro ficcional de mesmo nome lançado em 1966 pelo autor japonês Shūsaku Endō.

Bingo – O Rei das Manhãs – Drama de Arlindo Barreto, o primeiro intérprete do palhaço Bozo na televisão brasileira. Por causa dos direitos autorais, Arlindo / Bozo virou Augusto Mendes / Bingo (Vladimir Brichta), homem que não podia revelar sua verdadeira identidade e que não soube lidar com a fama repentina e desmedida, caindo na armadilha do álcool e das drogas. A desconstrução do galã para dar espaço ao palhaço vem de elementos cruciais para o sucesso do personagem, que trouxe uma abordagem diferente aos programas infantis na época

Jackie – Baseado nos quatro dias após o falecimento do presidente Kennedy, onde Jacqueline e a família enfrentam o luto na Casa Branca.  O longa-metragem desmitifica Jackie pelo contexto sombrio, a tornando um ser humano como qualquer outro, sensível e vulnerável nesse momento da vida. Destaque para atuação louvável de Natalie Portman!

João, O Maestro –  A história da vida de João Carlos Martins é hollywoodiana e não haveria como a biografia filmada sobre o pianista ser diferente. Considerado um prodígio do piano que conquistou fama internacional, a história de vida do pianista, virou filme dirigido e roteirizado por Mauro Lima e protagonizado por Alexandre Nero que faz o pianista dos 35 anos até os dias de hoje.

Divinas Divas – Leandra Leal passeia por sua infância vivida pelos bastidores do teatro Rival e do seu entorno onde sua vida cruza a de tantos artistas que passaram por ali dentre os quais as protagonistas do espetáculo Divinas Divas.

 

Churchill – As vésperas do Dia D, em Junho de 1944, movido por sua culpa e assombrado pelos erros do passado, Winston Churchill, decide fazer o que estiver ao seu alcance para evitar que as tropas desembarquem na França.

Mulher Maravilha – Nona maior bilheteria do ano, apresenta Diana / Mulher-Maravilha (Gal Gadot) com muita eficiência, tornando-se um interessante filme de origem de uma das personagens mais famosas dos quadrinhos da DC Comics. Importante destacar que o filme foi lançado em período do empoderamento da mulher, destacando sua importância histórica. 

Planeta dos Macacos – Último capítulo da trilogia que mostra como os macacos dominaram a Terra, o blockbuster liga a nova série ao filme original protagonizado por Charlton Heston. Dirigido por Matt Reeves, o longa apresenta uma trama inspirada em fatos históricos.

Bruno de Souza – critico

La La Land – filme do diretor Damien Chazelle, nos brinda com uma Los Angeles viva, hiper colorida, e deixando explicita a sua “ode’’ a era de ouro de Hollywood dos anos 50, e o mais incrível, ele opta por trazer tudo isso, pelas mãos de um musical, gênero meio que esquecido e controverso, principalmente nos dia de hoje.

Silêncio,  Jim e Andy (produção Netflix), Moana – Nada de vestidos glamorosos ou príncipe encantado. A animação mais bem-sucedida da história da Disney no Brasil é Moana: um Mar de Aventuras. O filme levou mais de 5 milhões de pessoas aos cinemas no país. Livre e independente, a heroína da vez vai fazer o público mergulhar nos encantos da Polinésia – do estilo de vida aos cenários paradisíacos

Bingo o Rei das Manhãs,  Mãe!,  A Vilã  – Filme sul-coreano de Byung-gil traz uma trama baseada em vingança, um tema recorrente, mas a forma luxuosa como a história de Sook-hee foi contada faz toda a diferença. Com uma beleza visual com referencias a OldBoy (2003).

Me Chame pelo seu Nome – Adaptação do livro de mesmo nome escrito por André Aciman, acompanha Elio Perlman (Timothée Chalamet)
Com uma mise-en-scène de tirar o fôlego, o filme desperta no espectador, até o menos atento,  todas as nuances visuais. ). Uma história de amadurecimento revelada em um ambiente, onde a sexualidade não é uma questão, mas sim a temática abordada por Guadagnino.

 John Wick 2: Um Novo Dia para Matar – Filme despretensioso protagonizado por Keanu Reeves, mas com uma carga de homenagens muito grande aos filmes de ação dos anos 80, passando por Dirty Harry, Comando para Matar e mais, suas influências passam também pelo cinema asiático, HQ e jogos de vídeo game. Toda estrutura e narrativa do primeiro filme está presente, mas só que agora com requinte, até porque a produção com mais dinheiro, te convida a conhecer locações em Roma de forma belíssima.

Logan – Sem dúvida alguma, o mais violento do universo X-Men. O filme marca a despedida de Hugh Jackman do mutante Wolverine, personagem que interpretou por 17 anos, desde X-Men: O Filme (X-Men – 2000), de Bryan Singer. Depois de interpretar nove vezes o herói de garras da Marvel, criador e criatura se despedem. Repleto de sentimentos, filme assume uma versão mais humana no terceiro filme solo.

Daniel Deroza – jornalista e critico

Mãe! – Classificado como um thriller o longa faz jus ao tema quando se sustenta num suspense psicológico concentrado na protagonista interpretada por Jennifer Lawrence, usando elementos técnicos como a câmera subjetiva em grande parte da trama.

Blade Runner 2049 – Dennis Villeneuve tem uma maneira muito peculiar de enxergar  possibilidades de futuro e (re)cria  o conceito imaginado 35 anos antes por Ridley Scott, mas é ousado o suficiente, não só para trazê-lo de volta de modo surpreendentemente semelhante, mas para leva-lo adiante dando a esse mundo sua própria visão, assim como em A chegada (2016).

It – A Coisa –  Remake de It – Uma obra-prima do medo, de 1990, It – A coisa  relembra  a maldição da cidade de Derry e sua relação com o palhaço Pennywise. O fato do filme se passar nos anos 1980 também deu a liberdade da produção usar tons mais claros em cenários e roupas, fazendo assim, o vermelho brilhar ainda mais intensamente, desde a maquiagem de Pennywise até o sangue dos feridos, toda vez que a cor está presente, a ansiedade preenche a sala.

Divinas Divas, Corpo Delito – Longa metragem documental de Pedro Rocha, aborda a questão do presidiário e sua imagem, experimentando a criação de uma nova imagem. O documentário  acompanha a rotina de Ivan, um homem que acabou de sair da cadeia, mas ainda não se conforma e se ressente porque, mesmo após conseguir a liberdade, ainda está preso a uma tornozeleira eletrônica.

Logan, Bingo – O Rei das Manhãs, Uma Mulher Fantástica – Longa do chileno Sebastián Lelio traz a tona o debate sobre transgêneros com feminilidade ao mesmo tempo que a protagonista sofre grande violência psicológica.

Okja – Produção original Netflix  se passa na Nova York de 2007. Lucy Mirando (Tilda Swinton), a CEO de uma poderosa empresa, apresenta ao mundo que uma nova espécie animal foi descoberta no Chile. Apelidada de “super porco”, ela é cuidada em laboratório e tem 26 animais enviados para países distintos, de forma que cada fazenda que o receba possa apresentá-lo à sua própria cultura local.

Corra! – Filme estabelece um conexão muito interessante com o publico, o deixando bem a vontade, estabelecendo muito bem os protagonistas e sua ótima química. À medida que embarcamos ao lado de Chris nessa “jornada’’ de conhecimento e descobrimento, que de uma forma geral seria mais um fim de semana tranquilo na vida de casais mundo a fora, vemos que toda família da namorada, e seu corpo de empregados, guarda um mal bem maior.

Gustavo Barreto – jornalista e critico

Blade Runner 2049, Corra!, It – A Coisa, Logan, Mulher Maravilha, Star Wars episódio VIII – Os Últimos Jedi – Segundo título da terceira trilogia da franquia Star Wars estrelada por Adam Driver e Daisy Ridley não é  uma regravação de O Império contra-ataca (1980), o oitavo episodio da saga, dirigido e escrito por Rian Johnson (Looper: Assassinos do futuro) dificulta a vida para quem achava que já sabia o que vai acontecer. Com um ar mais cômico e sarcástico, o roteiro de Rian Johnson flui cosmicamente junto com os diálogos entre as disputas das jornadas entre herói e anti-herói.

Colossal – O diretor e roteirista Nacho Vigalondo constrói uma narrativa de modo a conduzir o espectador a acreditar que o filme será apenas mais uma comédia romântica, desde o inicio ambientado em Nova York (quase um Diabo veste Prada). Entretanto, o roteiro carrega em si criticas muito claras à relacionamentos abusivos e sobre como a mulher é constantemente pressionada a concordar com o homem. Com Anne Hattaway e Jason Sudeikis.

Homem aranha: Homecoming – Filme que marca um recomeço na franquia do personagem e a sua volta de onde nunca deveria ter saído, os braços da Marvel. Abraçando a essência do super-herói espalhada pelas mais diversas mídias, De Volta ao Lar dá a sensação de ler uma história do personagem, da mesma forma que parece ser um episódio da série animada Ultimate Spider Man, que é sucesso de público atualmente.

Em Ritmo de Fuga –  direção de Edgar Wright fez com que o longa se tornasse uma peça de teatro genial. Há uma interessante relação entre as músicas que tocam, e o modo como os personagens se movem e falam, algo somente atingível sob as instruções corretas de um bom diretor.

Liga da Justiça – Sem dúvida alguma, foi uma das produções mais esperadas do ano.   São duas horas de filme que passam voando por conta da montagem e da linguagem cinematográfica dinâmica. Os enquadramentos e as sacadas de câmera lenta misturada às cenas de ação dão malemolência a história cheia de tiradas cômicas.

Luana Feliciano – critica 

Em  Ritmo de Fuga, It – a Coisa , Mulher-Maravilha, Logan, Fragmentado – Com clima de suspense que a cada ato vai aumentando, e o mais incrível, deixa o espectador na mesma linha de conhecimento dos personagens. Com um roteiro  super bem escrito, as câmeras e a fotografia são um show a parte,  o diretor escolhe diferentes formas de conduzir a câmera para apresentar as diferentes  personalidades de Kevin (James McAvoy).

Frantz – Uma aula sobre arte e cinematografia. A narrativa leva o público a imergir completamente na situação da época, primeiro de forma lenta e, após o segundo ato, certificando-se de que todos estão seguindo a linha temporal, segue a interpretação dessa relação histórica com cuidado, mas sabendo que já inseriu todos no mesmo ambiente.

Bingo – O Rei das Manhãs, Star Wars episódio VIII – Os Últimos Jedi, Corra!, A Bela e a Fera – Campeão de bilheteria em 2017, o longa dirigido por Bill Condon e protagonizado por Emma Watson superou as expectativas do público. O remake desenvolve com mais afinco a mensagem sobre o conteúdo que se sobrepõe à embalagem, seja ela bonita ou feia, que inevitavelmente sucumbirá ao imbatível teste do tempo.

Marcelo Perelo

Blade Runner 2049, Okja, Terra Selvagem – Um western moderno nas áreas mais geladas do Wyoming repletos de diálogos viscerais que mostram um retrato de pessoas que foram vitimizadas e esquecidas pelo governo americano. A bela fotografia de Ben Richardson capta todo o sentimento de isolação que Wind River passa para o público, deixando qualquer um com a sensação de estar se perdendo na neve.

Raw – Premiado na última edição do Festival de Cannes, longa que traz cenas explícitas de canibalismo, fez pessoas passarem mal e desmaiarem em uma sessão à meia-noite no Festival de Toronto, no Canadá. Deixando de lado o terror e fazendo com que o expectador, entenda que estamos diante de um drama e que ela não faz isso para querer ser notada, ou ser diferente.

Logan, Mãe!,  O filme da Minha Vida –  Baseado no livro “Um Pai de Cinema”, do chileno Antonio Skármeta, o filme é ambientado no sul do Brasil, na década de 60. Filme traz a poesia das cores junto com o lirismo do roteiro sobre a vida, numa história pincelada nas telas do cinema com pura poesia, assim como A Rosa púrpura do Cairo, alias, ambos com uma certa metalinguagem que apaixona o espectador.

Fragmentado, Planeta dos Macacos: A Guerra, Extraordinário – Adaptação do romance infantil escrito por Raquel Jaramillo, sob o pseudônimo R. J. Palacio publicado em 2012 e que ganha vida pelas mãos do diretor e roteirista Stephen Chbovsky. Longe de ser brega e piegas, a história de Auggie Pullman, vivido de uma forma extraordinária, pura e linda pelo ator Jacob Tramblay (com pesadíssima maquiagem), tem o talento de brilhar sozinho, quanto nas interações com sua família, em especialmente com a mãe vivida pela inspiradíssima Julia Roberts.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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