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Dia da Literatura: Autores pouco conhecidos do público que merecem destaque

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Já dizia José de Alencar “O homem honrado não morre nunca” em uma de suas inúmeras obras. Assim, como um homem honrado, há infinitude em um livro, pois eles são pedaços de eternidade, no que diz a imortalização de uma história em sua forma escrita. O nascimento desse ícone da literatura brasileira, marca a data do Dia da Literatura.

Preparamos uma lista com dez obras que merecem destaque neste dia, que são muitas vezes desconhecidas pelo público. A ideia é fugir dos honrados clássicos literários e daqueles que já chegam às livrarias com um público enorme, como é o caso de livro de youtubers. Deixando Kéfera Buchman, Felipe Neto, Jorge Amado e Machado de Assis de lado pelas razões descritas acima, acompanhe as nossas escolhas para novos autores que merecem uma lida.

Filhos do Éden (Eduardo Spohr)

Esta é o segundo livro escrito pelo carioca, que se destaca pelas aventuras que cria. Em “Filhos do Éden”, há uma guerra no céu. O confronto civil entre o arcanjo Miguel e as tropas revolucionárias de seu irmão, Gabriel, devasta as sete camadas do paraíso. Com as legiões divididas, as fortalezas sitiadas, os generais estabeleceram um armistício na terra, uma trégua frágil e delicada, que pode desmoronar a qualquer instante. Enquanto os querubins se enfrentam num embate de sangue e espadas, dois anjos são enviados ao mundo físico com a tarefa de resgatar Kaira, uma capitã dos exércitos rebeldes, desaparecida enquanto investigava uma suposta violação do tratado. A missão revelará as tramas de uma conspiração milenar, um plano que, se concluído, reverterá o equilíbrio de forças no céu e ameaçará toda vida humana na terra. Ao lado de Denyel, um ex-espião em busca de anistia, os celestiais partirão em uma jornada através de cidades, selvas e mares, enfrentarão demônios e deuses, numa trilha que os levará às ruínas da maior nação terrena anterior ao dilúvio – o reino perdido de Atlântida.

Eu me chamo Antônio (Pedro Gabriel)

Descrito como “poesia pura”, este novo autor conta história vividas por seu alter ego, Antônio desde a cuidadosa aproximação da pessoa desejada, o encantamento e a paixão, até o sofrimento provocado pela ausência e a dor da perda. Frequentador assíduo de bares, ele despeja comentários sobre a vida – suas alegrias e tristezas – em desenhos e frases escritas em guardanapos, com grandes doses de irreverência e pitadas de poesia. Antônio é perito nas artes do amor, está sempre atento aos detalhes dos encontros e desencontros do coração. Quando está apaixonado, se sente nas nuvens e nada parece ter maior importância, e, quando as coisas não saem como esperado, é capaz de enxergar nas decepções um aprendizado para seguir adiante. Do balcão do bar, onde Antônio se apoia para escrever e desenhar, ele vê tudo acontecer, observa os passantes, aceita conversas despretensiosas por aí e atrai olhares de curiosos. Caso falte alguém especial a seu lado (situação bastante comum), Antônio sempre se acomoda na companhia dos muitos chopes pela madrugada.

Branca dos Mortos e os sete zumbis (Fabio Yabu)

Nos doze aterrorizantes contos de Fábio Yabu resgata a tradição clássica dos contos de fadas dos irmãos Grimm e de Hans Christian Andersen, onde as histórias, mais que um simples entretenimento, servem como lições para moldar o caráter das crianças, na maior parte das vezes por meio do medo. Aqui, não há meias-palavras nem eufemismos. O mundo encantado de Yabu é atormentado, sombrio e com altas doses de tensão sexual. Os contos seguem o mote de sucessos da televisão, como as séries ‘Grimm’ e ‘Once Upon a Time’. Protagonizadas por personagens dos contos de fadas, revelam facetas nunca imaginadas de suas personalidades. A obra ainda conta com as ilustrações de Michel Borges, que homenageiam os desenhos clássicos dos contos de fadas, com toques sombrios, e complementam a atmosfera sinistra e misteriosa criada por Yabu.

 No Olho da Raposa (Valquiria Aquino)

Esta é uma história inteligente sobre como o amor, a ambição, o poder e seu mau uso sempre estiveram e sempre estarão presentes nas relações humanas. No ano de 2085, a jovem Saraí está cansada de ser tratada como criança, já que tem quase 20 anos e sabe se cuidar sozinha. O encontro com Gibraltar, um belo e misterioso jovem que ela estranha nunca ter visto – já que o Vale de Laredo, onde mora, tem apenas 140 habitantes e todos se conhecem – é o ponto de partida para uma série de descobertas sobre os acontecimentos que atingiram a vida humana na Terra no último século e as origens da jovem mulher, bela e provocante, mas ingênua Saraí.

Cemitérios de Dragões (Raphael Draccom)

Raphael Draccon é roteirista profissional e autor de literatura fantástica contemporânea, ficção de horror e romances sobrenaturais. É o autor mais jovem a assinar com os braços nacionais de duas das maiores holdings editoriais do mundo, e roteirista premiado pela American Screenwriter Association. Em “Mundos dos Dragões”, ele conta as batalhas épicas e dramas intensos apresenta um universo inspirado em uma versão adulta, violenta e politizada das antigas séries japonesas Toku-satsus, No primeiro livro da trilogia, um soldado americano, uma africana guerrilheira, uma garçonete irlandesa praticante de artes marciais mistas, um hacker brasileiro e um dublê francês representam cinco realidades distintas. Um fenômeno desconhecido faz eles acordarem em diferentes regiões de uma realidade devastada por um império de reptilianos e assolada pela escravidão. Os cinco iniciam uma jornada em busca de respostas para sobreviverem no centro de uma guerra envolvendo criaturas fantásticas e demônios dispostos a invocar perigosos seres abissais para servirem a seus propósitos. Porém uma entidade pretende conectar o destino dos cinco humanos e armá-los com uma tecnologia construída à base de metal-vivo, magia e sangue de dragões.

Mitologia Política Brasileira – A Libertação (Centauro Quiron)
Nesta comédia política heroica, diz-se que esta obra foi escrita no século VIII antes de Cristo mas somente foi encontrada no ano de 2015 na tumba do centauro Quíron, na antiga Tessália / Grécia. Incrivelmente a crise que este país vive se assemelha à do Brasil: déficits, prejuízos, desesperança e corrupção descontrolada. Qualquer semelhança com fatos históricos e personagens reais é mera coincidência e decorrente da ficção científica, da amplitude dos assuntos mitológicos, do carácter e das ações dos governantes. Os deuses, heróis e monstros reencarnaram no Brasil e tramaram confusões homéricas. A mitologia está viva na psicologia, na política e na profecia. Tudo junto e misturado. “Mitologia Política Brasileira” apresentará um possível caminho para a libertação do povo de seus malfeitores e clama pela união das pessoas contra este governo.

Sete monstros brasileiros (Braulio Tavares)

O terror da mitologia brasileira. A literatura fantástica contemporânea muito se alimenta de personagens das mitologias grega e nórdica, das tradições celtas e bretãs, da literatura árabe do Oriente Médio e dos contos tradicionais do Extremo Oriente. Pouco se lê, no entanto, sobre os seres fantásticos criados e reproduzidos na extensa tradição da literatura oral brasileira. Nós também, afinal, temos os nossos monstros. Instigado pela riqueza dessa tradição, Bráulio Tavares reuniu, em sete contos inéditos, histórias inspiradas nas criaturas monstruosas da mitologia brasileira, compondo assim uma coletânea de aventuras protagonizadas por alguns dos nossos personagens mais assustadores, alguns conhecidos Brasil adentro apenas pela tradição oral, como o papa-figo, e outros mais famosos, como o lobisomem e a Iara.

Sonata em Auschwitz (Luize Valente)

Luize Valente é uma autora cujas tramas nascem de sua imaginação privilegiada e ganham corpo com pesquisa histórica rigorosa. Elaborada com extrema sensibilidade e precisão investigativa, sua narrativa envolve o leitor em mistério, suspense e profundos sentimentos. Neste livro, um bebê nascido nas barracas de Auschwitz-Birkenau em outubro de 1944 e uma sonata composta por um jovem oficial alemão, na mesma data, também em Auschwitz, dão origem a duas histórias que se cruzam e se completam. Décadas depois, Amália, portuguesa com ascendência alemã, começa a levantar o véu do passado nazista de sua família a partir de uma partitura que lhe é revelada por sua bisavó. A dúvida de que o avô, dado como morto antes do fim da Segunda Guerra, possa estar vivo no Rio de Janeiro leva Amália a atravessar o oceano e a conhecer um casal de judeus sobreviventes do Holocausto. A ascensão do nazismo em Berlim, a saga dos judeus húngaros da Transilvânia, os mistérios acontecidos no campo de extermínio da Polônia e o pós-guerra numa casa cheia de segredos à beira de um lago de Potsdam oferecem os trilhos que Amália percorrerá para montar o quebra-cabeça.

Over the Rainbow – Um livro de conto de fadxs (Milly Lacombe)
Para quem adora romance e contos de fada, esta releitura LGBT das obras clássicas é essencial. E se a Cinderela se apaixonasse por uma garota, e não por um príncipe encantado? Ou se os irmãos João e Maria, homossexuais assumidos, enfrentassem a ira de uma madrasta religiosa que só pensa em curá-los ? Ou, ainda, se a Branca de Neve, abandonada numa cidade bem distante de sua terra natal, fosse acolhida por… sete travestis? Pois pare de imaginar se os contos de fadas fossem revisitados e recebessem uma roupagem LBGTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Abra este livro e confira as clássicas histórias da infância de milhões de pessoas contadas sob a ótica de cinco autores que fazem parte desse universo, representado pelas cores do arco-íris. Ou melhor, contos de fadxs, como reza a nova norma de gêneros.

77 páginas para morrer (Marcelo Nascimento)

Romance-enigma, escrito pelo paulistano Marcelo Almeida, convida o leitor a ser participante ativo da história e o coloca na narrativa de maneira interativa. A Ratoeira, o mais novo escritório de investigação particular da cidade, tem um novo e intrigante caso- o assassinato de duas pessoas que, aparentemente, estão ligadas a uma frase reveladora de um livro conhecido por muitos, lido por poucos. Durante a leitura, o Leitor segue cada passo da investigação como assistente do nada sagaz detetive J.K., formado por um curso a distância, e que tem uma cartomante enrolada e ávida por dinheiro como sócia e captadora de clientes. Como parte da narrativa, o leitor é a todo o momento levado a procurar referências na obra de Machado de Assis para conseguir fazer correlações entre a história que está sendo contada e a icônica relação de Bentinho e Capitú, do clássico Dom Casmurro. O objetivo é criar uma história com elementos retirados de um livro importante da nossa literatura, de forma que o leitor possa dialogar com ambos os textos. A leitura desse livro não é um fim, mas um meio onde, com o apoio de recursos interativos e de imagem e som, leva-se o leitor a esclarecer ligações e comparações com determinada obra clássica, estimulando-o de forma proposital a comparar ambas.

Luana Feliciano
Luana Feliciano
Estudante de Jornalismo, ama escrever e meus filmes favoritos sempre me fazem chorar. Minhas séries preferidas são todas de comédia, e meus livros são meus filhos.

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