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Foto-instalação de Fernando Braune acontece no Centro Cultural dos Correios

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 O fotógrafo Fernando Braune, que há mais de 30 anos trabalha com projetos relacionados à fotografia, partiu da percepção, após inúmeras conversas com garis dos seus sentimentos de total invisibilidade aos olhos da população e fundamentais para a limpeza urbana.

“A minha questão é a relação humana. Todo este projeto tem como suporte a questão da relação entre as pessoas, mais especificamente, a relação entre pessoas nos centros urbanos, que, a meu ver, não de hoje, vem se deteriorando passo a passo”, se posiciona o fotografo.

As imagens foram concebidas pela junção de fotografias realizadas com os garis nas ruas da cidade, fotografias de paredes grafitadas e fotografias dos lixos acumulados nas ruas. Primeiramente se realizou a impressão em papel 100% algodão, onde sofreram interferências diretas de lápis pastel seco e carvão. Após, mais uma interferências à mão com lápis pastel e carvão. Em seguida fotografadas e levadas ao computador para serem sobrepostas umas sobre as outras no mesmo espaço de representação. E por último foram impressas.

Para trazer uma atmosfera mais urbana à exposição, as imagens, em formatos variados, estão impressas em papel algodão. Como suporte foram usado placas pluma ou impressas diretamente em placas de PVC e acrílico. Foi criado um painel com imagens impressas em tecido de cetim e bordadas sobre outro tecido fazendo um mosaico de imagens. A ideia é um manto de resíduos encontrados nas ruas pelos garis .

A execução do projeto prima pela delicadeza da apresentação das fotografias que, aliada à iluminação difusa, mas com foco pontual nas obras, forma um contraponto à imagem do lixo, da sujeira e do descaso em relação aos garis.

“Parto da constatação da fragilidade de relacionamento das pessoas que habitam os espaços urbanos com os garis, ou seja, os lixeiros, para refletir sobre as relações humanas nos espaços urbanos de forma geral. Os garis me apontaram uma brecha para uma reflexão sobre a condição humana contemporânea nos grandes centros. Essa invisibilidade dos garis confundidos, misturados, com o lixo urbano foi o que me levou à reflexão sobre as relações humanas. Talvez essa nossa reticência, essa nossa dificuldade em lidar com o lixeiro, o gari, tenha a ver com a dificuldade, na realidade, de lidarmos com a nossa própria condição humana, do lixo metafórico”, reflete Fernando Braune.

Serviço:
Mostra Invisíveis
Centro Cultural do Correios (R. Visc. de Itaboraí, 20, 2° Andar, Centro)
04 de outubro a 18 de novembro de 2018
terça a domingo 12h às 19h
Entrada Franca
Livre para todas as idades
Acessibilidade

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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