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SUPER DRAGS: Drag queens super heroínas traz criticas sociais pertinentes

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Primeira animação brasileira original Netflix traz três heroínas drag queens que, em meio a muito humor ácido, lutam contra o close errado enquanto fazem muitas críticas sociais e referências à cultura pop.

Antes mesmo de sua estreia, a série animada “Super Drags” já se viu em meio a uma polêmica com a Sociedade Brasileia de Pediatria, a qual emitiu uma nota acerca dos “riscos de se utilizar uma linguagem eminentemente infantil para discutir tópicos próprios do mundo adulto” e pediu o cancelamento da produção – o que fez com que a gigante de streaming soltasse um vídeo, que logo se tornou viral, reforçando a informação de que a classificação etária do seriado é 16 anos, fato que já estava evidente em todos os pôsteres e trailers. Ou seja, a série já chegou dando muito close e “preparada pra atacar”.

De qualquer forma, a animação chegou ao catálogo da Netflix no último de 9 entregando tudo que vinha prometendo nos teasers: muito humor ácido, gongação e montação, além de muitas, muitas referências. A trama acompanha a vida dos amigos Patrick, Ralph e Donizete, jovens gays que, durante o dia, trabalham em uma loja e, à noite, transformam-se nas fabulosas Lemon Chifon, Safira Cyan e Scarlet Carmesim, respectivamente, um trio de drag queens super heroínas, que é mentorado por Vedete Champagne – personagem criada especialmente para Silvetty Montilla – e Goldiva – dublada por Pabllo Vittar.

Porém, apesar de toda a comédia rasgada característica do universo drag, a série consegue abordar de uma forma bastante didática temas mais sérios. Por exemplo, com Patrick, que não se encaixa nos padrões estéticos de beleza, a animação fala sobre gordofobia em um episódio dedicado totalmente ao assunto; com Ralph, mostra a perspectiva de um rapaz que é rejeitado pela família por ser gay; já com Donizete, o seriado trata da vivência de um jovem gay e negro da periferia. E estes são apenas alguns dos tópicos abordados, mas ainda há outros como a arrogância de artistas pop, os preconceitos dentro da própria comunidade LGBTQ+, e, é claro, a “Cura Gay” – a qual dá título a um dos episódios.

É verdade que o espectador que tem um background mais amplo de cultura pop e LGBTQ+ vai aproveitar o conteúdo da série de forma mais completa, mas o público geral também vai se divertir muito com a animação, seja pelos diálogos afiadíssimos, seja pela infinidade de referências que vão desde Hebe à Grávida de Taubaté. Além disso, o seriado também foi lançado nos Estados Unidos, onde é dublado por nomes conhecidos para os fãs do reality show “RuPaul’s Drag Race” como Trixie Mattel, Shangela, Willam Belli e Ginger Minj. E para quem já assistiu à série e achou que os cinco episódios de 20 minutos foi pouco: as segunda e terceira temporadas já foram garantidas.

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