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Geraldo Azevedo lança “Solo Contigo”

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A figura marcante deste cantador, sozinho no palco, vestido como um trovador moderno, empunhando seu eterno companheiro de luta (o violão), tocando e “en-cantando”, remete a um lugar no espaço-tempo no qual a areia da ampulheta não cai, o relógio deixa de marcar as horas e o calendário não faz mais sentido. É um daqueles raros momentos em que você pede licença e embarca numa viagem ao fundo do coração – algo que poucos artistas podem nos proporcionar de verdade, nos dias de hoje.

Gravado em 6 de setembro de 2018, no Centro Cultural João Nogueira, adequadamente batizado de “Solo Contigo”, reapresenta alguns dos momentos mais significativos de Geraldo Azevedo, tocados no formato onde a canção nasce e onde tudo começa, no formato voz e violão, o principal eixo na feitura de sua música, elaborada nota por nota, acorde por acorde, melodia por melodia, no decorrer de seus 52 anos de carreira. Curiosamente (ou não), este é o primeiro registro produzido em vídeo, com foco total apenas neste tipo de show que o mestre faz há décadas – nele estão canções escritas ao lado de seus ilustres parceiros, ao longo dos anos, mas que poderiam ter sido compostas ontem mesmo: atemporais e universais, falam direta e intimamente com cada um de nós.

“A realização deste projeto é algo que faltava à minha obra”, confessou Geraldo a este que vos fala. E não é de hoje – muito pelo contrário – que produtores, músicos, cantores e compositores são categóricos em reiterar que uma das melhores formas de você compreender e sentir a essência de uma canção é ouvi-la em seu estágio básico, na voz e no violão somente. “É onde ela se revela plenamente”, afirmam.

 Neste mar de canções não poderiam faltar inéditas: o ator e compositor Mário Lago teve sua poesia “O Amor Antigramático” musicada por Geraldo. “A Saudade Me Traz”, de autoria do companheiro de trabalho Sergio Peres, também foi selecionada para o espetáculo. Completam ainda o time de novidades “Pensar em Você”, de Chico César; “Veja (Margarida)”, de Vital Farias; e “Estácio, Eu e Você”, faixa que abre “Pérola Negra”, o clássico álbum de 1973, numa emocionada homenagem que Geraldo Azevedo presta à Luiz Melodia.

“Solo Contigo” vem se somar a outros importantes registros ao vivo em voz e violão em sua discografia: os CDs “A Luz do Solo” (1985) e “Ao Vivo Comigo” (1994). A produção musical e gravação de áudio ficaram por conta de outro grande parceiro de longa data: o guitarrista e produtor Robertinho de Recife. A direção de fotografia e geral deste DVD, realizada com muita sensibilidade, é de Bernardo Mendonça.

 

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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