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Socorro! Virei uma Garota repete os velhos arquétipos do cinema

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Já ouviu aquele ditado: cuidado com o que deseja? Porque, afinal, nossos desejos podem até parecer bons, mas podem ser uma verdadeira furada a longo prazo, este é a premissa de Socorro! Virei uma Garota. O roteiro de Paulo Cursino elabora essa ideia mais ou menos usando os arquétipos tradicionais de personagens colegiais, no caso, o nerd atrapalhado (Victor Lamoglia) e a patricinha popular (Thati Lopes). Ao desejar ser a pessoa mais popular do colégio, Júlio (Lamoglia) pula de um estereótipo para outro e descobre que nem foi tão ruim assim.

Todos os aspectos desse filme tem uma explicação mercadológica, o que também atribuiu falhas nesses vários aspectos. Primeiro, aposta em várias piadas e recursos que fazem sentido pra nova geração, só que não são engraçados na maioria, grande parte parece piadinha de quinta série. Outra coisa é que se aposta muito nos estereótipo, que não se resume aos protagonistas esse apoio constante soa pejorativo em determinados momentos de repetição. O que também reflete na falta da direção de Leandro Neri com relação à alguns atores, em especial Victor e Thati, porque as atuações quando tem que ser engraçadas são só exageradas, chegando até de serem vergonha alheia de tanto exagero. Apesar de que, os papeis de Lua Blanco e Nelson Freitas tem momentos verdadeiramente engraçados.

A pior coisa, por assim dizer, é que não existe um conflito, um motivo real para que o personagem escolha voltar a sua vida normal, ele tem que voltar porque, talvez, consiga um amor. É um motivo muito fraco, já que é claro que a vida dele como garota é muito melhor, todos os problemas que ocorreram poderiam ser resolvidos sem dificuldade. Em técnica o diretor apela pra uma fotografia mediana, sem nada muito criativo. Já a edição de som teve uma péssima mão, além da trilha sonora genérica, as cenas com diálogos eram cortadas por essa mesma trilha aos berros durando alguns instantes. A trilha não tem motivo, é mais para conquistar o público com musicais jovens.

O filme aposta tanto nesse nicho da geração Millenium que caiu numa infantilidade de trama, ou melhor, uma imaturidade real. Se o público vai gostar ou não é outra história, mas pode se dizer que a obra foi mais uma tentativa de agradar o que adultos pensam ser do agrado dos jovens atuais.

 

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