Uma Segunda Chance Para Amar é um filme espirituoso, divertido com um tom natalino

Emília Clark estrela o mais novo filme de Natal a lançar nos cinemas. Com suas sobrancelhas altamente expressivas e um trejeito desajeitado que nos relembra sua personagem de sua outra comédia romântica – Como eu era antes de você – Clarke agora interpreta Katarina, ou Kate, como gosta de ser chamada.

Kate (Clarke) é uma jovem de 26 anos, que trabalha como elfo em uma loja de Natal, e vive uma vida caótica e irresponsável. Sempre sendo expulsa dos abrigos que seus amigos fornecem, não frequentando suas consultas e ignorando qualquer contato com a família, assim Kate mantém essa vida desde que se recuperou de uma doença. Sem muitas esperanças em relação ao seu futuro como cantora de teatro, ela conhece Tom (Henry Golding), um homem por volta de seus 30 anos, voluntário em abrigos, esperançoso e animado que a incentiva a melhorar um pouco na vida.

Apesar do nome no Brasil ser Uma Segunda Chance Para Amar, o filme tenta abordar diversas questões em sua narrativa, como imigração, relações familiares disfuncionais, doença, descoberta e, claro, amor, sendo este apenas a força motivadora de toda a história. No entanto, a quantidade de questões abordadas acaba fazendo com que nenhuma seja aprofundada, o que também torna sua narrativa um pouco caótica e só navegam na história para acompanharmos a trajetória de redescoberta de Kate.

Co-roteirizado e estrelado por Emma Thompson como mãe de Kate, a atriz mesmo no seu papel mais simples, nos entrega um bom trabalho e uma história para nos acalentar que não precisamos tentar sempre ser “alguém especial”. O filme também é dirigido por Paul Feig, diretor de outras comédias com teores caóticos como Caça-Fantasmas (2016) e Missão Madrinha de Casamento (2011). Apesar de não ser bem-sucedido como o último citado, Uma Segunda Chance Para Amar é um filme espirituoso, divertido e nos entrega um não tão esperado plot-twist no final, que mesmo não tendo uma grande narrativa bem desenvolvida por trás dele, consegue nos envolver com a personagem e com seus medos.

Foto: divulgação Universal Pictures