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“E o mar já não existe” reestreia na Casa de Cultura Laura Alvim

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Inspirada no livro “Um homem: Klaus Klump”, do autor português Gonçalo M. Tavares, o espetáculo “E o mar já não existe” reestreia em novo espaço a partir do dia 31 de outubro: a sala Rogério Cardoso, na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema.

Em cena, duas mulheres lutam para sobreviver em meio à guerra. Escondidas em meio a escombros do que costumava ser um lar, Simòne (Ana Pinto) e Irina (Jacyara de Carvalho) tentam seguir em frente quando o encontro com o soldado Vince (Hugo Grativol) faz o cotidiano ficar ainda mais assustador: toda a bestialidade escondida no humano é revelada de maneira brutal. O episódio fará com que todos repensem o real sentido da humanidade e se questionem: é possível renovar as esperanças em meio ao caos?

O autor e diretor PV Israel revela que a dramaturgia é amparada em um trabalho de dramaturgia do ator, a partir do movimento e de ações físicas, que busca universalizar o tema da violência contra a mulher. O cenário da guerra aparece como uma hipérbole para os pequenos conflitos do cotidiano.

– A peça é atemporal: já aconteceu, acontece e vai acontecer. Na guerra, a mulher torna-se vítima de atrocidades que também acontecem em favelas do Rio, em condomínios de luxo e em empresas multinacionais. São histórias que se repetem o tempo todo.

A atriz Jacyara de Carvalho, intérprete da personagem Irina e co-idealizadora do projeto, destaca que a criação através das ações físicas privilegia o estado latente de sobrevivência e urgência vivido na guerra.

– Fomos ao extremo da guerra, mas ela nasce de um sopro. Durante os ensaios, entendemos que nesse cenário de miséria, fome, violência, qualquer palavra a mais é desperdício de energia. O silêncio é estratégia de sobrevivência.

Para recriar esse ambiente, o grupo optou por uma encenação enxuta: todo o cenário e figurinos cabem em uma mala, privilegiando o corpo dos atores como motor para a representação.

– Precisamos falar sobre os extremos. Em nosso cotidiano deixamos passar detalhes que permitem violências como a que é retratada no espetáculo. A universalização do assunto se dá nesse pequeno fragmento que é a peça. Se os espectadores saírem tocados e movidos a refletir juntos após as sessões, será ótimo – finaliza o diretor.

SINOPSE: No conflito, duas mulheres isoladas do mundo esperam por um milagre. Ele não vem. Um soldado em fuga abala seu pequeno mundo e as provoca a bradar pela vida. Somos capazes de reverter a crueldade que a guerra trás?

SERVIÇO:
E O MAR JÁ NÃO EXISTE
Temporada: 31/10 a 22/11 – terças e quartas, às 20h
Ingressos: R$30 / R$ 15 (meia-entrada e lista amiga)
Local: Teatro Rogério Cardoso – Casa de Cultura Laura Alvim (Avenida Vieira Souto,176, Ipanema – Rio de Janeiro)
Classificação: 16 anos.
Duração: 45 minutos

 

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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