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UM SONHO POSSÍVEL

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Apesar de ser mais um daqueles típicos filmes americanos em que o protagonista supera todas as dificuldades para vencer na vida, Um sonho possível tem seus méritos. O maior deles talvez seja o esforço enorme que a direção e o roteiro de John Lee Hancok, adaptado do livro The Blind Side: Evolution of a Game. John tenta fazer do longa algo que não seja piegas, mas acaba sendo, mesmo com a boa aceitação do público.
Logo na abertura, a decoradora e ex-cheerleader Leigh Anne Tuohy explica o título original do longa (The Blind side), um termo derivado de táticas do futebol americano. A explicação se faz pertinente para expectadores como nós, brasileiros, que não entendemos nada desse esporte, e o termo “blind side” servirá de premissa para toda a história. Quando um quarterback destro se prepara para um passe, o atacante esquerdo de seu time deve proteger seu lado cego, que seria como o ponto cego de um carro, de um ataque do time oponente. Esta explicação é a metáfora da trama, que conta a história real de Big Mike, atual atacante dos Baltimore Ravens.

A perua loira (alias Mrs. Bullock ficou péssima com esse cabelo), e fútil acaba sendo um exemplo de bondade ao adotar Mike e dar a ele as oportunidades que a vida lhe negou. O rapaz, que mal consegue esboçar um sorriso, acaba percebendo a importância de um lar e começa uma – aparentemente não promissora – carreira no futebol.

Com 15 minutos de filme já sabemos onde isso tudo vai parar – e já é possível sentir aquele aperto no coração: Leigh conhece Michael e resolve ajudar o rapaz. Apesar de premiada nos principais prêmios da indústria cinematográfica, Sandra já faz trabalhos melhores, veja bem, não é um trabalho de todo ruim, mas não me comoveu a sua atuação como a de Gabourey Sidibev em Preciosa. O fato é que o prêmio maior do cinema dado a Sandra Bullock parece-me mais uma questão de oportunidade de ovacionar uma atriz competente e querida pelo público.

28 dias é outro filme que a atriz demonstra muito melhor seu lado dramático. Em A casa do lago, Sandra Bullock me comoveu muito mais com seu amor impossível, e em Cálculo Mortal como a detetive Cassie Mayweather, onde fez um trabalho diferente do habitual que gostei muito. O que houve nesse filme que faltou suas belissimas expressões que nos fazem chorar?

A parceria entre Big Mike e SJ rouba a cena, com as tiradas cômicas do menino, que acredita ter ganhado um irmão mais velho.

Um Sonho Possível arrecadou mais de US$ 220 milhões nos Estados Unidos e deu a atriz Sandra Bullock seu primeiro Oscar.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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