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BACHELORETTE

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Esta não é mais uma versão engraçada e feminina do filme pastelão ‘Se Beber Não Case’, ‘Bachelorette’ tem seus momentos engraçados e meio malucos, sim. No entanto a história toca em temas relevantes como aborto, bulimia, drogas, preconceito, egoísmo e inveja, o que não agrada há todas as pessoas.

A grande verdade do filme é que Regan, por mais nojenta que pareça ser, é na verdade a uma grande amiga. Mesmo com uma casca de infantilidade e até amargura, ela passa o filme inteiro trabalhando duro (tanto internamente como externamente), para que o casamento da amiga seja impecável.
 
Quando Regan descobre que a amiga gordinha vai casar é notável a tristeza e a inveja da personagem. E que mulher nunca sentiu inveja de outras, ainda que das amigas?
 
Isso é uma fraqueza do ser humano, por mais feio que seja. Mas mesmo assim, mesmo que isso doa tanto nela e levando em consideração a baixíssima auto-estima do personagem, Regan consegue de alguma forma, salvar o dia.
 
O irônico é ver que a Becky sempre a protegeu. Quando provocava os vômitos na escola, Becky assumiu tal papel para proteger a amiga magra e bonita. Ato que o personagem ainda praticava de vez em quando (o que achei uma crítica e tanto, já que a Becky havia conseguido se aceitar do jeito que é, enquanto Regan nunca saberá o que é isso).

As personagens da Isla Fisher e da Lizzy Caplan são os pontos cômicos da história. Enquanto Katie passa 90% do filme alta ou drogada, Gena faz de tudo para ficar longe do ex-namorado e tentar salvar o vestido.
 
Desde o início, as amigas acham estranho o fato da amiga gorda estar se casando. Chega a ser irônico a gordinha ser a única com um relacionamento estável, enquanto as amigas bonitas e gostosas não alcançam a estabilidade emocional de Becky.
 
A crítica à beleza imposta nesse filme, é super válida. Talvez algumas pessoas tenham perdido a essência do filme por causa do humor sempre presente, sempre oprimindo, talvez até sem graça pra alguns.

A crítica é realmente muito forte à sociedade das meninas adolescentes de 40 kg (se lembram do Clyde dando em cima da adolescente, irmã do Trevor?), a sociedade do bullying em que você é rejeitada(o) e maltratada(o), caso não siga os padrões de beleza impostos pela mídia, ainda que ele não seja o padrão físico de 99% da humanidade. Ser magra não significa ser bonita ou ser feliz. Tudo depende da forma como você se enxerga.
Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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