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A CAÇADA

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Em um futuro próximo, os habitantes australianos vivem uma rotina perigosa, onde a criminalidade impera. Um dos habitantes deste local (interpretado por Guy Pierce brilhantemente), nos leva à um  futuro apocalíptico, sem lei, onde os ser humanos apenas sobrevivem.

Durante essa jornada, seu carro é roubado. Em busca de justiça, no caminho em busca do inimigo, ele conhece Reynolds, um membro abandonado da gangue, que o levará até seu destino final.
 
Alias, Robert Pattinson está muito bem em cena, parece que um dos galas de “Crepúsculo”, está conseguindo alçar voos na carreira. Apenas, um detalhe sobre o sotaque dele no filme, que incomoda de vez em quando, por estar muito carregado ou seria a prótese que estava incomodando, é uma dúvida que fica no ar.
 
O personagem de Guy Pierce lembra um cão raivoso em boa parte do filme, um homem bruto, violento e sem nome propositalmente durante toda a projeção, tornando seu personagem um sobrevivente, apenas.
 
A estética do filme tem um quê de “Mad Max” e “Walking Dead”, o tornando mais peculiar, ainda.

 
O longa foi todo filmado na Austrália e em Super 35mm. Suporte que, segundo a equipe, é o formato ideal para captar as imagens com contraste e calor tão intensos. A equipe atravessou uma série de pequenas cidades do Sul da Austrália, e o ator Robert Pattinson resume a experiência: “É muito interessante, eu nunca filmei em um lugar como este antes, não há nada por quilômetros ao redor. É muito divertido trabalhar com uma equipe de filmagem em uma pequena cidade onde todo mundo está junto o tempo todo. Você desenvolve um grande vínculo, e faz tempo que não passo por algo assim. Você não consegue tanto isso em grandes filmes dos estúdios”.
 
O ritmo lento do filme o torna cansativo, a fotografia árida o torna belo, mas o que levará o espectador ao cinema é a experiência sensorial (mais do que efetivamente a narrativa) que terá.

Segundo o diretor David Michôd, “THE ROVER”, situa-se num futuro próximo não especificado, mas é, em essência, um filme sobre hoje. Trata da capacidade voraz das economias ocidentais não-reguladas de se autodestruírem e da mudança inevitável no equilíbrio do poder mundial. É sobre os problemas aparentemente insolúveis da ganância humana e da destruição ambiental e o desespero que essas forças podem provocar na população que passa por dificuldades. Acima de tudo, fala das formas que esses fatores afetam a vida emocional dos indivíduos.“


Filmado boa parte dos tempo em estradas, lembra em muito os road movies, mas está longe disso. Se trata de um longa sobre os questionamentos da humanidade, muito bem representado no personagem de Guy Pierce, diante de um mundo apocalíptico em um final surpreendente!
 
Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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