- Publicidade -

Luis Fernando Verissimo, Ziraldo e Zuenir Ventura mostram um retrato bem-humorado da terceira idade em " BarbarIdade"

Publicado em:

 Três dos maiores autores brasileiros, Luis Fernando Verissimo, Ziraldo e Zuenir Ventura sabem por experiência própria que falar da terceira idade não é o momento de lamentar impedimentos físicos, chorar diante da perda de audição, da cegueira ou qualquer clichê do gênero. É hora de celebrar aquele tempo da vida em que você se permite ser quem quiser, sem vergonha, sem impedimentos, sem medos.
 
A partir das ideias originais desses três célebres oitentões e sua própria visão sobre o tema, o dramaturgo Rodrigo Nogueira (de ‘Rock in Rio, o musical’ e ‘Chacrinha, o musical’ ao lado de Pedro Bial) criou uma história que estabelece um paralelo entre a liberdade que se conquista na terceira idade e aquela que se vivencia quando o ator está em cima do palco. O espetáculo abrange a questão da conquista da longevidade com qualidade de vida e bem-estar.  
 
O diretor e coreógrafo Alonso Barros diz que: “A peça tem um  olhar leve, com respeito ao mesmo tempo que engraçado , é um tema delicado, com uma linguagem que diverte sem ser chato”.
 
Em uma metalinguagem com o teatro musical, o espetáculo narra a história de três autores (vividos por Edwin Luisi, Osmar Prado e Marcos Oliveira, que estão impecáveis em cena!) que são contratados para escrever um musical sobre a terceira idade, mas não entendem nada do assunto. Diante de um bloqueio criativo, o trio recebe a visita de Matusalém, o personagem mais velho do mundo, que vai ajudá-los na missão. No musical, os protagonistas relembram momentos da juventude deles. 
 
Com um ótimo texto, boas piadas (gargalhada garantida!!!), o musical é charmoso pela sua abordagem. Os personagens são bem construídos, o timing e a química entre os atores é perfeito.
 
É a primeira vez que Edwin Luisi participa de um musical. “Eu tenho uma carreira diversificada, gosto de intercalar dramas com comédias, por exemplo. Eu nunca tinha feito um musical, e adorei a oportunidade de começar no gênero em que fala da terceira idade de uma maneira produtiva, bem-humorada, sem impedimentos”, declara Edwin, cujo personagem, descreve, tem um lado “vaidoso e garanhão”. Depois de 14 anos vivendo o personagem Beiçola em ‘A grande família’, Marcos Oliveira também comemora sua primeira experiência no gênero. “Adorei o convite! É um espetáculo que fala de como podemos chegar à terceira idade de uma maneira produtiva, deixando de lado os preconceitos ainda fortes em nosso país”, define.

Experientes em musicais, Osmar Prado descreve seu personagem: “Sou o mais ponderado dos três e o mais romântico”, conta o ator.
 
A trilha sonora é bem definida e com músicas bem adaptadas, composta por mais de 30 canções (com medleys) que vão desde o funk até Frank Sinatra e algumas paródias. Há ainda uma canção inédita: ‘Ser velhinho’, composta por Pedro Veríssimo (filho de Luis
Fernando Veríssimo), com letras do pai, Ziraldo e Zuenir.
 
A direção e coreografia são assinadas por Alonso Barros (‘Se eu fosse você, o musical’, ‘Elis, A musical’, ‘Chacrinha, o musical’, entre outros trabalhos). Ele ainda afirma: “A velhice faz parte do ciclo da vida. É importante acreditar que podemos chegar lá produtivos, com otimismo, vontade de viver. O musical também me deu essa oportunidade especial de trabalhar com grandes ícones da TV e do teatro brasileiros”, analisa Alonso.
 
O diretor ressalta que teve pouco tempo para arrumar a casa, “uma semana para ser mais exato, com todos em volta, nos outros musicais eu tinha mais controle de tudo por ter mais tempo e estar sempre observando”.
 
Para encerrar, perguntei à ele se podíamos comparar nossos musicais com os da Broadway: “Não dá para comparar, eles tem escola, mais de um século de tradição, mesmo que o nosso musical tenha melhorado muito em qualidade e outros quesitos”.
Serviço:
Teatr BarbarIdade
Local: Teatro Oi Casa Grande, Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Leblon
Dias e horários: 5ª a sábado, às 21h e domingo, às 19h.
Capacidade:  926 pessoas.
Duração: 2h.
Classificação etária: Livre
Até 14 de junho
Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

Mais Notícias

Nossas Redes

2,459FansGostar
216SeguidoresSeguir
125InscritosInscrever
4.310 Seguidores
Seguir
- Publicidade -