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QUE MAL EU FIZ A DEUS?

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O casal Verneuils tem quatro filhas. Católicos, conservadores e um preconceituosos, eles não ficaram muito felizes quando as três de suas filhas se casaram com homens de diferentes nacionalidades e religiões, um chinês, um árabe, um judeu. Quando a quarta filha anuncia o seu casamento com um católico, o casal fica nas nuvens, mas logo irão descobrir que nem tudo é do jeito que eles querem.

“Que mal eu fiz a Deus?” aborda o preconceito tão presente na sociedade francesa,  embora seja uma comédia, algumas piadas fazem a gente se sentir mal, por conta do racismo existente nelas, e esse é o grande valor do filme. Ele ironiza o famoso clichê “não sou preconceituoso, mas…” e nos faz vermos como a sociedade, nos seus atos cotidianos, é impregnada de racismo. Além disso, o filme mostra como aqueles que já sofreram preconceito também podem praticá-lo. É uma boa reflexão!

Em um país, que apesar de ter tanto estrangeiros, há muita discriminação.  O filme usa do humor negro durante toda a projeção, em cima desta questão bastante delicada, que é o racismo e o preconceito em geral. 

A simplicidade do roteiro e da entrega das atuações são algo que fazem produções francesas se destacarem, e nesta aqui anda mais. Trata de um assunto sério e que poderia ser pesado: a intolerância de todas suas formas, de um modo leve e sincero.
No minimo, uma produção espirituosa!
Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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