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Costurando Histórias: das veredas de Guimarães Rosa as florestas mais intensas dos irmãos Grimm

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Em novembro, a Cia. Costurando Histórias estreia dois espetáculos infanto-juvenis no      Teatro Maria Clara Machado na Gávea / Centro de Referência Cultura Infância
 
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O Costurando Histórias estreia no próximo dia 08 de novembro nova temporada de histórias, dessa vez, no Teatro Maria Clara Machado na Gávea, aos sábados e domingos às 11h, apresentando dois espetáculos que se propõem a convidar o público infantil e juvenil a temas e conteúdos mais profundos do psiquismo humano. ”FIOS ENCANTADOS” e “PEQUENO SERTÃO: VEREDAS” abordam temas como loucura, morte, solidão e abandono, entrelaçando narrativas em cenários de pano, de modo convidativo e poético, embalando sonhos e medos.
 
Através de tapetes tridimensionais e de uma dramaturgia apoiada em contos literários e de tradição oral, com o intuito de envolver e impactar a plateia provocando sensações e emoções, os artistas e músicos propõem-se a nos colocar diante do assombro de alguns aspectos da vida, como por exemplo, deparar-se sozinho com dificuldades que parecem intransponíveis, ou a necessidade de encontrar forças quase sub-humanas para enfrentar os desafios da vida, escutando os sons das profundezas da alma ou as vozes inconscientes que clamam por compreensão
 
Em cada trajetória que se entrelaça nos tapetes-cenários, juntando fios, seres encantados podem surgir nos percursos com o intuito de ajudar ou dificultar os caminhos. Personagens reais unem-se a criaturas assombradas para transpor barreiras e atingir objetivos. Assim como as bases que servem de apoio aos espetáculos híbridos de narração de histórias, acredita-se também que os contos propostos nos espetáculos servem de material para o embasamento e preparação das crianças no viver. Como diz Guimarães Rosa: “Viver é muito perigoso!”
 
Apesar disso, os artistas do grupo acreditam que trilhar o caminho de nossos anseios e medos mais secretos e guardados, pode ser revelador e frutífero, preparando cada pessoa para o seu caminho único de vida. Reconhecer forças inconscientes, desde criança, transformando o necessário.
 
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Pequeno Sertão: Veredas
 
 
O desenvolvimento de uma linguagem capaz de envolver o público e convidar as crianças a uma participação imaginária ativa e reflexiva está entre os objetivos principais da investigação que o grupo desenvolve desde 2001. O Costurando Histórias – sob a direção e coordenação da atriz e artesã Daniela Fossaluza, completará em 2016 quinze anos de pesquisa e produção. A artista e pesquisadora assina a dramaturgia e direção dos espetáculos da Companhia. Junto com Denise Goneve, ela cria os cenários-tapetes interativos onde, após assistir os espetáculos, o público pode manipular livremente os elementos que o compõem. Alinhavar teatro, música, literatura e artes plásticas, apresentando uma rica composição e um fazer aparente – onde os artistas apresentam sua arte sem esconder os artifícios utilizados em cena para embalar as viagens: instrumentos musicais, panos e livros; move a investigação de linguagem do grupo. Os artistas brincam em cena como as crianças brincam nos quintais, jardins e quartos. Os livros acompanham as empreitadas, como proposta de enriquecê-las, apresentando “mapas literários” capazes de nos inserir em ricos universos de significação do mundo que nos cerca e nos configura.
 
Em sua prática de trabalho, participando de diversas iniciativas públicas e privadas e projetos sócio culturais, os artistas do grupo visitam constantemente espaços alternativos para apresentar seus espetáculos, adaptando-se e tendo como objetivo principal refinar e atualizar o diálogo com as crianças, em cada faixa etária e ambiente. Transpor literatura para a cena de um modo particular e próximo, interativo e itinerante, tem permitido ao grupo transitar por realidades diversas, entre elas, praças, centros culturais, favelas, hospitais e instituições de ensino particulares e públicas. Promover a leitura e a arte onde existem crianças, olhos e ouvidos para construir, ver e escutar.
 
O trabalho do grupo foi selecionado para representar o país em sua produção para infância e juventude nos países de Portugal, Cabo Verde, Bélgica e Suíça.
 
Em Novembro, é a vez da cena se dar no palco tradicional, buscando toda a teatralidade que esse espaço permite, sem perder a possibilidade de diálogo e comunicação mais íntima e livre buscada nas rodas de histórias que acontecem aproximando narradores e ouvintes como nos tempos antigos. A antiga fogueira tornou-se hoje o tapete de histórias, posicionado no centro para alimentar e nortear os encontros. O grupo busca, em ambientes urbanos e rurais, difundir a arte de narrar, tecer e tocar.
 
 
SERVIÇO / INFANTIL
FIOS ENCANTADOS
Onde começa uma história? Qual som é capaz de despertar uma narrativa adormecida…  Dando início a partitura cênica que convida o público a uma viagem através do tempo e espaço, três mulheres, talvez bruxas, talvez fadas, como as antigas Moiras e fiandeiras, brincam de contar e cantar narrativas antigas: Rumpelstiltskin, O Ouro das Estrelas e Baba Yaga.
Dias e horário: 8,15,22 e 29 de novembro às 11h
Ingresso:  20,00
Duração:  60 min
Classificação:  Livre – Indicado partir de 3 anos
 
Teatro Maria Clara Machado (Planetário da Gávea) Av. Padre Leonel Franca, 240 (estacionamento no local). Bilheteria: de quarta à domingo, de 14 às 20, tel: (21) 2274-7722
 
PEQUENO SERTÃO: VEREDAS
A proposta de transpor parte do universo sugerido por Guimarães Rosa através de sua particular literatura para um tapete tridimensional de histórias e dramaturgia que se proponha a representar um sertão veredas em miniatura para crianças e jovens – formado por uma geografia de panos, retalhos, cores e texturas – caminha em direção ao casear do brincar com o compromisso, do refino ao vasto conteúdo de sabedoria popular apreendido por um cuidadoso e atento mestre das palavras e histórias.
 
Serviço:
Dias e horário: 14, 21 e 28 de novembro às 11h
Ingresso:  20,00
Duração:  60 min
Classificação:  Livre – Indicado partir de 3 anos
 
Teatro Maria Clara Machado (Planetário da Gávea) Av. Padre Leonel Franca, 240 (estacionamento no local). Bilheteria: de quarta à domingo, de 14 às 20, tel: (21) 2274-7722
Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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