Star Trek – Sem Fronteiras

É bem difícil mensurar o quão impactante é a existência de “Star Trek” para a cultura pop, talvez ainda mais difícil seja cravar sobre qual a sua temática, seria ação,aventura ou ambos? A resposta talvez se encontre em uma única palavra, “além” (em inglês: Beyond), melhor dizendo, no ato de ir além de todas as convicções e quebrar todas as barreiras e tabus sociais.

É com essa ideia que a historia do novo filme é montada, aonde se tem o Capitão James Kirk (Chris Pine) completando três anos de jornada no espaço adentro junto com a tripulação da “USS Enterprise”, quando um misterioso inimigo inicia um ataque contra uma base da Federação Galáctica.

Diferente do filme anterior, o longa não conta com um vilão de peso, sua motivação é clichê e repetida a exaustão entre todos os inimigos desse reboot da saga, soma-se aos defeitos, algumas frases padrões de filmes de ação que visam criar um sentimentalismo barato.

Já entre os acertos pode-se marcar, sem dúvida, a ligação emocional que “Sem Fronteiras” cria com a serie clássica, seja pelo tributo ao falecido ator Leonard Nimoy ou a uma estrutura parecida com a dos episódios antigos ( em certo momento os protagonistas se separam e cria-se uma pequena sensação de se estar assistindo a serie). A trilha sonora é maravilhosa e conta com musica orquestral da saga (obviamente) e os Efeitos Especiais também merecem destaque.

“Star Trek – Sem Fronteiras” é um sopro de frescor em um ano de blockbusters fracos. Ele de fato sofre com os maneirismos do gênero mas ainda assim tem-se a presença de elementos oriundos da época de ouro da ficção científica, seja na interação bacana entre a equipe, nas cenas de ação que funcionam ou tantas outras mais. Diferentemente de outro certo filme que se acovardou na hora de inovar, “ Sem Fronteiras” de fato vai além.