Assassino a Preço Fixo 2 : A Ressurreição

Incrível como certos atores (talvez a grande maioria que outrora tinham relevância no gênero onde se saiam melhor) tenham uma difícil aceitação da chegada do tempo. Muitas vezes para nós, como publico, essa aceitação se dá de uma forma mais conformista. Digo isso porque o grande problema do novo filme de Jason Statham talvez seja essa mesma pretensão em continuar sendo sério e relevante em tempos onde franquias como “Missão Impossível’’, “007’’, “Jack Reacher’’ (entre outras) conseguem se reinventar o tempo todo.

Neste segundo capitulo (detalhe para o risível nome em português) temos Arhur Bishop (Statham) vivendo sorrateiramente em nossa cidade maravilhosa, até que se vê obrigado a reviver o lado que mais combina com sua personalidade, o de assassino profissional, quando sua namorada Gina (Jessica Alba) é sequestrada. Bishop, então, é forçado a eliminar alvos ao redor do mundo em troca da liberdade de seu amor, fazendo tudo parecer como se fosse um acidente.

O roteiro desta vez ficou a cargo dos estreantes Philip Shelby e Tony Mosher, que até entregam um bom argumento, colocando o duelo entre bandido e mocinho em ações e resoluções bem espertas, que definem cada investida de como ele chegará ao seu objetivo.

O filme peca muito em não saber balancear os atos. Após uma seqüência de ação no Rio de Janeiro bem interessante, o espectador pode até achar que tudo será muito frenético dali pra frente. Ledo engano. O filme se arrasta em desenvolver relações amorosas em belíssimas atuações da dupla Statham e Alba (Só que não), efeitos especiais absolutamente ridículos, dignos das piores produções do canal SYFY , e sequências como aquela da piscina (que pode ser vista no trailer), inspirada em algo que Ethan Hunt já fez.

Assumir seu lado B não é ruim, muito pelo contrario, o problema é quando um filme deste gênero quer ir além do que deveria ser. Ah! E no meio disso tudo ainda temos Tommy Lee Jones, que com esse filme deve ter pago a hipoteca da casa.