A Maldição da Floresta

Tenho que confessar uma coisa, filmes de terror me causam sensações muito engraçadas, eu sei que na grande maioria vou me “borrar” de medo, mas ao mesmo não consigo desgrudar os olhos da tela, essa catarse de sensações fazem da jornada em assisti-los uma experiência pra lá de especial.

Este, A Maldição da Floresta (mais uma tradução genérica para o nosso português) nos convida a conhecer a nova vida do casal Adam Hitchens (Joseph Mawle), sua esposa Claire (Bojana Novakovic) e seu filho recém nascido, que por questões do trabalho do marido, se mudam de Londres para os confins de uma remota floresta na Irlanda.

Uma coisa muito legal que o filme aborda é falar de um assunto que a grande maioria das pessoas não tem nenhum conhecimento, o folclore irlandês, que é recheado de histórias fantasiosas ou não, sobre fadas, duendes, e coisas bem bizarras. Isso torna nossa experiência bem significativa, já que estamos entrando em um mundo onde não somos familiarizados.

O diretor e roteirista Corin Hardy nos apresenta muito bem a esse mundo, e vai direto ao ponto, colocando a casa do casal totalmente em posição de desvantagem dado a imensidão e a obscuridade da floresta, incorporado a isso o temor e as crenças do povo local, que avisa e tenta impedir dos perigos em “mexer” com a floresta.

Você pode imaginar que o longa usará de artifícios básicos do roteiro em explicar que seres deste mundo, ou não, vivem na floresta e expulsarão a quem adentrá-la, mas o que se vê, são teorias e questionamentos sobre uma bactéria chamada Cordyceps (quem não sabe do que estou falando, lembrem da obra prima do PS3 The Last of Us) O resultado é um filme que traz referencias a contos de fadas, filmes de terror, gore, conceitos sobre vampirismo, criaturas medonhas, suspense e muito mais.

A Maldição da Floresta entrega de uma forma bem orgânica o que ele se propõe, não é um filme comum, e também não recomendado aos amantes do terror jump scare.