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Trolls

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trollsDe maneira geral muitas animações têm se destacado pelo conteúdo profundo e adulto, que surpreende e arrebata o expectador com a complexidade dos temas que vão além do universo infantil e ficam muitas vezes disfarçados para que a experiência atinja tanto adultos quanto crianças. Por mais que isso seja incrível, precisamos refutar uma primeira tendência a achar que todas as animações precisam ser assim. Não há nada de errado com um filme que possua uma temática mais simples e ingênua voltada exclusivamente para crianças. E assim é Trolls, seguindo um caminho bem diferente das animações atuais, o filme tem uma temática quase que exclusivamente voltada para o público infantil. E não tenha dúvidas de que as crianças vão adorar!

A busca pela felicidade é o grande motivador da história. Os Bergens também queriam ser felizes e descobriram que comer Trolls os daria pelo menos um dia de satisfação. E, assim, passavam a vida ansiando por aquele único dia no ano em que realizariam seu grande sonho, o Trollstício, festival anual para saborear a felicidade. Para garantir que a data ocorra da melhor maneira possuem uma ministra da felicidade que é também a chef, responsável por manter e preparar os pequeninos em receitas deliciosas. Tudo vai bem para os Bergens até que o rei Troll decide salvar a todos fugindo para longe da aldeia dos Bergens e reconstruindo as suas vidas em um lugar seguro. Chefe era a responsável por eles e após o fiasco do seu desaparecimento é banida, mas promete encontra-los e reconquistar seu posto na cidade. 20 anos se passam e o otimismos e alegria dos coloridinhos chega a alienação e Pop, a princesa, e seus amigos planejam dar uma festa, nos melhores moldes rave, com muita cor, luz e som absurdamente alto para comemorar o aniversário de sua fuga. A festa acontece apesar dos avisos de tronco, o único que parece sensato e ciente dos perigos que os cercam com uma personalidade cética, pessimista e ranzinza, e que faz o divertido contraponto à felicidade exagerada dos demais. A celebração acaba atraindo a atenção da Chefe, que vive na floresta. Ela captura alguns Trolls, os melhores amigos da princesa, e os leva para a cidade e assim começa a aventura da princesa Pop junto com Tronco na esperança de resgatar os amigos perdidos e livrá-los de um fim terrível.

A animação é inspirada nos bonequinhos Trolls que ficaram muito populares no Brasil na década de 90, mas que foram lançados na verdade na década de 60, aqui no Brasil eram chamados de duendes mágicos. Considerando a época em que foram lançados e suas características, criaturinhas peladas com cabelos das mais diversas cores vibrantes, olhos arregalados e com um largo sorriso com jeito de satisfação, pode-se facilmente relacionar os bonequinhos à uma referência a cultura hippie. O filme parece pegar carona nessa referência, fofinha, colorida e psicodélica na medida, Trolls é um deleite aos olhos.

O filme traz aquela velha dicotomia entre bem e mau. Enquanto os Trolls são pequeninos, bonitinhos, coloridos e felizes e só sabem “cantar, dançar e abraçar” os Bergens são grandes, cinzas e infelizes, e possuem, em sua maioria, uma aparência assustadora.

Um grande destaque no filme são os números musicais. Justin Timberlake é o produtor musical da animação que traz a vibe disco music ao filme. Repleta de covers de clássicos de artistas como Earth Wind & Fire, Lionel Richie e Simon and Garfunkel além de uma versão de “In The Hall Of The Mountain King” cantada pelos Bergens que é, simplesmente, incrível, a curadoria musical se destaca e incorpora muito bem as musicas a história. Essa é uma característica do estúdio já presente em algumas outras animações, como shreck. A trilha conta também com outras cinco canções originais que funcionam muito bem no filme, incluindo “Can’t Stop The Feeling” de Justin Timberlake, lançada pouco antes do meio do ano e que virou um hit de sucesso. As adaptações e dublagens dos filmes de animação para o português do brasil costumam ser incríveis, o que não é diferente em Trolls. Mas, infelizmente, a tradução de músicas que são parte do universo musical internacional é uma perda grande para a adaptação do filme, apesar de não não haver outro caminho no caso de números musicais que fazem parte do enredo e que ajudam a contar a história, principalmente para o público adulto fica a vontade de assistir o original.

O diretor Mike Mitchell ( Shrek para sempre, Alvim e os Esquilos 3) mantém o ritmo do filme super intenso, como era de se esperar devido a natureza frenética de seus personagens, e tudo com ótimas piadas muita música e cores. O filme dá uma virada para o romance quando os prisioneiros resolvem ajudar uma das Bergens, Brigite a conquistar o rei. Um dos pontos altos é a música “True colors”, na versão dublada adaptada para o filme, que se encaixa perfeitamente com o momento e o enredo de forma emocionante, levando o filme para a grande mensagem sobre sermos donos do nosso destinos e termos dentro de nós o que precisamos: “A felicidade está dentro de nós. As vezes só precisamos de alguém para ajudar a encontrá-la”.

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