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Masha e o Urso

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mashaCostumamos falar muito sobre os desafios da paternidade e maternidade, e quase nunca pensamos nos desafios de ser criança. Geralmente pensamos na infância como aqueles tempos mágicos em que tudo era fácil e maravilhoso, é que as coisas não são tão simples assim. “É uma linda fase de descobertas” dizemos, mas a realidade é que é uma fase de muitas limitações em que há a urgência da energia e vitalidade infantil repleta de quereres, cerceados pelas limitações desse ser dependente e em construção. A infância é uma grande limitação, com muitos “nãos”, castigos, e aprendizados, que não são nada fáceis até terem sido vividos e de fato aprendidos.

A animação Masha e o Urso, que conquistou o mundo com uma animação de qualidade e muita atenção aos detalhes, é baseado em um conto popular russo. É a história de uma menininha “adotada por um urso, ela é muito travessa, curiosa e cheia de energia e, do ponto de vista dela, na maioria dos episódios, acompanhamos o desenrolar de uma série de conflitos que surgem da relação “pai e filho”. A histórias se passam na floresta onde vivem e envolvem e apesar do enfoque em Masha e o Urso, exploram também o universo dos amigos que os cercam. O desenho é muito acessível, está no youtube e só aqui no Brasil tem mais 450.000 seguidores são milhões ao redor do mundo e alguns episódios tem mais de um bilhão de acessos

As histórias são bem dinâmicas, e com uma linguagem muito simples. Os diálogos são muito poucos e a estrutura lembra um pouco algumas animações mudas como Pingu. Masha passeia entre ser adorável e irritante, como uma verdadeira criança. As vezes mimada, as vezes carinhosa e atenciosa, mas sempre travessa nas suas desventuras ao explorar o mundo. Os personagens são todos adoráveis e divertidos colaborando para que os episódios, em sua maioria com menos de 7 minutos, sejam um sucesso entre as crianças no mundo todo.

O filme é uma reunião de uma serie desses desenhos de 7 minutos, inéditos, com temas variados. Os desenhos são ótimos e divertidos, porém, não há nenhum elemento na junção desses desenhos que os construa como um filme. A sensação é a de estar assistindo uma maratona de Masha e o Urso no cinema. As histórias são interrompidas pela participação de Maísa Silva e Silvia Abravanel, que se propõe, de forma interativa, a dialogar diretamente com o público. Após blocos de desenhos elas vêm a tela para fazer perguntas sobre o que acabamos de assistir. Assim que é apresentada a ideia parece superinteressante e podemos imaginar como será a exibição, com crianças gritando as respostas, tentando ser rápidas e acertar. Infelizmente a proposta é desperdiçada por que não leva em consideração o tempo de resposta, oferecendo de imediato a solução, chega a ser frustrante, uma vez que ao ser feita a proposta de imediato as crianças embarcam na ideia, mas participar se tora impossível já que a estrutura não dá tempo das crianças, de fato, darem a resposta. A ideia da interatividade, é muito boa, mas no final das contas, se assemelha ao que poderia ter sido em um programa especial de domingo no SBT com as duas “apresentadoras” finalizando com “muito bem! ”, “Parabéns! ”, que soam mecânicos e no fim ressaltam a ausência da interação e conexão com o público.

Os desenhos são ótimos e a animação muito bonitinha e bem-feita, os personagens são cativantes e divertidos e as histórias são bem dinâmicas, mas apesar de a ideia da interatividade ser muito boa, no final das contas, se assemelha ao que poderia ter sido em um programa estilo maratona especial de domingo no SBT com as duas “apresentadoras” finalizando com “muito bem! ” e “Parabéns!”, que soam mecânicos, e no fim ressaltam a ausência da interação e conexão com o público. Teria sido bem interessante ver um longa desenvolvido com a historinha desses personagens, mas a proposta cinematográfica de Masha e o Urso acabou tomando a forma de um programão de televisão, transmitindo no cinema.

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