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Animação Sing – Quem Canta Seus Males Espanta encanta pais e filhos

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Realizar sonhos, sempre foi um dos maiores desafios dos seres humanos, o grande dilema entre se fazer o que ama, e correr atrás dos seus sonhos ou se conformar com o sistema, e viver a vida como se é esperado de nós. O mundo das artes é repleto de contradições. Enquanto muitos admiram e acham lindo, no fundo, poucos gostariam que um filho, por exemplo, seguisse esse caminho. Os programas de talentos, são uma febre mundial inquestionável. Talvez pela possibilidade de projetar nesses outros a realização daqueles sonhos mais profundos que esquecemos enquanto somos engolidos pelo mundo capitalista que nos força a fazer escolhas que não envolvem sonhos, mas pagar contas, pensar no futuro e viver uma vida minimamente confortável. Sing – Quem Canta Seus Males Espanta, não é um filme sobre seres humanos atrás de seus sonhos, (sim, poderia facilmente ser),  porém, seres humanos não seriam tão divertidos e encantadores quanto passear por um universo repleto de animais fofinhos, coloridos e tão divertidos quanto são interessantes.

Buster Moon é um Coala americano que está na contramão da sociedade capitalista tradicional. Aos 6 anos, se apaixona pelos musicais teatrais e abandona a ideia de se tornar o primeiro marsupial a chegar a lua com a ajuda e apoio do seu pai, que investe todas as suas economias no sonho do filho, abrindo um teatro no melhor estilo Broadway. Apesar da enorme vontade e amor pelo seu trabalho, realizar sonhos não é tarefa fácil, e nem sempre é como esperamos que seja. Depois de diversos espetáculos fracassados, ele tem suas habilidades como produtor questionadas e se vê sob o risco de ter o teatro tomado pelo banco. Então, como uma tentativa desesperada ele resolve reunir até o último centavo que possui e produzir uma competição musical, no melhor estilo “The Voice”, “American Idol”, “X-Factor” entre tantos outros shows que exploram essa busca individual pela realização dos sonhos.

Após um acidente causar uma mudança no valor do prêmio de $1000 para $100.000, Buster Moon, o adorável produtor picareta, é recebido por dezenas de personagens. A montagem do show tem uma enorme repercussão e um impressionante número de inscritos e nos leva aos diversos clichés dos bastidores de produções de espetáculos como competência do júri, aleatoriedade na escolha dos candidatos, a tentativa da produção de transformar os artistas comercialmente em alguma coisa diferente daquilo que são. São muitas as críticas à indústria disfarçadas de cenas engraçadas.

Desde o início, antes mesmo das audições já sabemos quem serão aqueles que iremos acompanhar, e em sua versão original e nas cenas de música para as versões dubladas um elenco de peso com Mathew McConaughey, Scarlett Johansson, Reese Whitherspoon, Seth MacFarlane, John C Riley, Taron Egerton e muitos outros, dão vida aos personagens principais.

A escolha feita pelo roteiro, escrito e dirigido por Garth jenkins, de, assim como nos programas de auditório, nos levar para dentro da vida de alguns desses personagens é um grande acerto a meu ver. O filme podia ter tomado muitos caminhos, e seria com certeza interessante, ver uma exploração maior da montagem do espetáculo, ou mais piadas, porém a opção por humanizar os personagens, nos levando para essas diversas tramas secundárias faz com que a identificação pela busca da realização desses sonhos seja ainda maior. Adentrar minimamente a vida de uma Porquinha dona de casa com 25 filhos e uma vida doméstica que inclui o marido que trabalho demais e um relacionamento desgastado, uma elefanta que canta divinamente, mas apesar do apoio da família é tímida demais, um gorila que sofre pressão para seguir os passos do pai e entrar nos negócios da família, um ratinho pilantra que vive na rua se metendo em confusões, todas essas histórias fazem com que o dançar no meio do supermercado, ou se empolgar cantando enquanto lavamos a louça, ou o medo de enfrentar certas pressões para dizer o que queremos, ou enfrentar nossos medos, cada um desses personagens, podiam na verdade ser eu ou você, presos na ideia de uma vida que não é bem aquilo que queremos.

Após o sucesso de Pets, que arrecadou mais de 800 Milhões até o momento no mundo todo, a Illumination entertainment (Meu malvado favorito e Minions) tem, com certeza, mais um grande sucesso pela frente, mesmo com alguns problemas no design de personagens.

O filme traz em sua versão original um elenco de peso com Mathew McConaughey, Scarlett Johansson, Reese Whitherspoon, Seth MacFarlane, John C Riley, Taron Egerton e muitos outros. E, com uma variedade musical que passa por Stevie Wonder. Taylor Swift, Carly Rae Jepsen, Elton John, entre muitos outros, são 65 músicas misturando os clássicos dos anos 80 e 90 aos hits contemporâneos ao longo de 110 minutos, contemplando igualmente adultos e crianças, em que é impossível não se pegar cantando junto. Com uma extasiante sequência o filme caminha para um grand finale que faz com que seja quase impossível não sair do cinema com um sorriso no rosto. É definitivamente uma fórmula para o sucesso.

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