Vin Diesel está de volta aos cinemas com Triplo X : Reativado

 O primeiro filme da franquia Triplo X exalta a adrenalina e a frenética busca por aventura e excitação, sendo Xander Cage um aficionado por esportes radicais. Desde a primeira sequência o filme não só resgata o ritmo acelerado e “adrenalínico” como dá ideia dos absurdos que estão por vir.

Xander Cage, papel que parece ter sido feito sob medida para Vin Diesel, 15 anos após ter “morrido” em uma explosão o agente é encontrado pela NSA após a queda de um satélite que foi derrubado por uma espécie de controle remoto que controlam todos os satélites, é capaz de interromper chamadas, alterar dados, enfim, o suprassumo do controle da informação. O dispositivo, como se pode prever está nas mãos erradas e precisa ser recuperado. O roteiro é simples e sem grandes reviravoltas, não se propondo a ser nada além. A verdade é que o filme é um retrato do personagem de Vin Diesel, uma canastrice, óbvia em meio a uma espécie de teatro do absurdo, mas não menos divertida. É uma ode ao filme pipoca de ação com tantos os elementos típicos do gênero, mas com um tom de quem parece rir de si mesmo.

O roteiro não chega a ser problemático porque não possui profundidade nenhuma para isso. Não se dá nem ao trabalho de tentar explicar a “Não morte” de Xander. E isso é só o início dos absurdos que perpassam pelo filme, são tantos que parece brincar com o gênero. O roteiro é fraco e parece muito com tudo que já vimos em se tratando de filmes de ação, mas alguma coisa, faz com que apesar disso seja agradável, a qualidade de protagonista fanfarrão.

O filme é uma co-produção chinesa, o que acrescenta, além de financeiramente, o excelente Donnie Yan, que agrega uma boa dose de lutas marciais, no melhor estilo Jackie Chan, com alguns movimentos incríveis, contribuindo para o ritmo acelerado do filme. No elenco também estão algumas outras estrelas representantes internacionais. O Tailandês, Tony Jaa, que infelizmente é bastante mal aproveitado; A australiana Ruby Rose; A atriz e modelo indiana, Deepika Padukone; Nina Dobrev da Bulgaria; entre outros. Com um elenco vasto e repleto de atores, de certa forma, referência no gênero mundialmente, o filme parece querer também fazer uma declaração, é como uma grande reverência ao cinema de ação internacional, e talvez até aos filmes de ação dos anos 90, que contam um pouco com a mesma rotina de comédia e cenas de ação absurdas.

Quando pensamos em filmes de ação as expectativas são sempre muito parecidas; carros, explosões, mulheres bonitas sendo objetificadas, ou simplesmente, fazendo o par romântico, quando geralmente são a mocinha em perigo. Apesar de manter o estilo fanfarrão de Vin Diesel, o filme tenta em alguns quesitos caminhar na direção contrária de alguns clichés. É claro que temos mulheres bonitas seminuas desfilando, até uma possível suruba. Mas também, curiosamente, mas não por acaso, a maioria das posições de poder são ocupadas por mulheres. Desde a maravilhosa Toni Colete, que é a chefe responsável da NSA á inglesa Hermione Corfield, que é a hacker especialista em encontrar pessoas e coisas. A equipe é formada por outras 3 mulheres que arrebentam e são responsáveis por muitos bons momentos em algumas das principais cenas de ação.

Um roteiro simples, ação sem pé nem cabeça, lutas, explosões, perseguições inacreditáveis e absurdas, á la 007, algumas frases de efeito, um protagonista simpático, um ritmo acelerado e algumas piadas boas, Samuel L. Jackson e Neymar (porque a zoeira não tem limites)…juntando tudo, Triplo x: reativado é um bom filme ruim.