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“Os Pobres Diabos” aborda a realidade e a magia dos pequenos circos

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O artista, a magia e a luta cotidiana pela sobrevivência, assim se desenvolve a trama do filme “OS POBRES DIABOS”, de Rosemberg Cariry, que estreia nos cinemas das principais capitais e cidades brasileiras, no dia 6 de julho. Com um elenco de estrelas formado por Chico Diaz, Sílvia Buarque, Everaldo Pontes, Gero Camilo, Zezita Matos e Sâmia Bittencourt, entre outros nomes, o longa apresenta ao público o Gran Circo Teatro Americano, uma companhia mambembe e muito pobre, que perambula por pequenas cidades do sertão nordestino até armar a tenda em Aracati, no litoral do Ceará.

Em “Os Pobres Diabos”, o diretor mostra-se sereno e atento aos mínimos detalhes, na condução do seu modo de fazer cinema, com um toque autoral. Embora, se veja favorecido pela revolução tecnológica em curso na área, explora a sua faceta humana, natural e artesanal. Sabe que depende sempre ainda da expressão dramática de atores e atrizes, do rigor da fotografia, da generosidade da luz solar, da criatividade diligente e inspirada da direção de arte. Sob o rigor de uma narrativa que se propõe simples, a exemplo das narrativas da literatura de cordel, o filme recria e funde artes e artimanhas, saberes e sentimentos, arquétipos e sonhos, tradições perdidas e relidas, tempo presente e pretérito, em busca de um sentido estético capaz de vencer o vazio individualista e globalizante, na era do desfazimento de tudo, em especial, da dissolvência cultural da chamada pós-modernidade.

O diretor não se preocupa em revelar um universo fechado ou pitoresco da cultura nordestina, por perceber que muitas vezes isso pode resvalar para estereótipos e clivagens muito próximas do preconceito. Para Rosemberg Cariry, “A discussão sobre o significado de cultura e especificidade cultural é um desafio para o qual devemos estar sempre atentos. Nesse sentido, como artistas de circo, os personagens têm em comum a característica de viajantes e nômades: com o passar do tempo, eles vão adquirindo características de tantos lugares por onde passaram e/ou viveram, que já não é possível identificar de onde eles vieram, ou que lugar ou cultura representam. Esta decisão está refletida na escolha que fizemos dos atores e atrizes de Os Pobres Diabos, vindos de várias regiões do país”.

A escolha do elenco foi parte fundamental do processo, já que o filme traz o encontro de atores profissionais do teatro e do cinema com artistas circenses. Chico Diaz, diz da sua satisfação em realizar esse filme: “Poder trabalhar em um ambiente autoral e regional é um privilégio, ainda mais nos dias que correm, onde a voz única de mercado e de superfície condenam qualquer voz dissonante. Poder trabalhar em um tema que versa sobre a condição do artista, ambientado em um pequeno circo onde glória, amor, poder e arte se misturam é uma sorte. Poder trabalhar em família é uma bênção. A minha, a do Rosemberg, a do circo. Devemos muito à família circense reunida”. “Realizamos um cinema que se coloca dentro da vida, um destino que se constrói junto ao acaso. No set, improvisamos muito e incorporamos cada dificuldade, cada chuva, cada dia de sol, cada talento ou idiossincrasias dos atores”, completa Rosemberg.

Frederico Machado, da distribuidora Lume Filmes, ressalta a importância desse lançamento para a firmação da rica e diversificada cinematografia do Nordeste: “O Nordeste hoje produz um cinema importante, em sua diversidade e proposições estéticas. Esse cinema precisa circular, ser exibido. Daí o nosso esforço para que Os Pobres diabos não ficasse restrito às mostras, nos festivais, aos cineclubes e às TVs por assinatura. Acreditamos muito no potencial desse filme e do cinema brasileiro”.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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