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Baiana System e Titica gravam faixa exclusiva para o Rock in Rio

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As novidades do Rock in Rio não param de chegar. Alguns encontros que vão marcar os shows do Palco Sunset já começaram a ser desenhados e estão ganhando inclusive faixas inéditas que serão apresentadas no evento. A novidade desta parceria entre Rock in Rio e Red Bull fica por conta da banda Baiana System e da angolana Titica, que desembarcou no Brasil exclusivamente para este momento único em estúdio. Juntos eles gravaram a música “Capim Guiné”, que será apresentada em primeira mão ao público no palco do festival no dia 22 de setembro. O encontro no Red Bull Studio São Paulo foi marcado por muito bate papo e uma sintonia impressionante entre o axé do Brasil e o kuduro da Angola. Ney Matogrosso com Nação Zumbi e Céu com Boogarins, também passaram pelo estúdio e gravaram faixa exclusiva.

Em entrevista com o guitarrista e idealizador da Baiana System, Beto Barreto, ele contou que a banda já estuda o trabalho de Titica há mais de três anos e que esta apresentação no Rock in Rio se transformou no casamento perfeito. “Acompanhamos todos os lançamentos dela e, a partir disso, traçamos um paralelo muito grande entre a Angola e a Bahia, desde a música, o comportamento e as cores. A ligação é muito direta por todos os lados, não apenas musical mas no seu entendimento como um todo – no comportamento, na periferia, nas festas de rua. É tudo muito complementar a Salvador. Foi muito bacana ter esta oportunidade de gravar em estúdio com ela e a Capim Guiné (canção escolhida) caiu como uma luva. Titica gostou desde o primeiro momento que ouviu, colocou um toque dela também e isso foi muito legal. Tem muitos elementos envolvidos, desde a base do Kuduro até a forma como percussão da Bahia está colocada. É a perfeita tradução do nosso encontro”, diz Beto reforçando que o público pode esperar um show com muita afinidade. “Será difícil tirar coisas do show de tão bom que será”, brinca ele.

Para Titica, a mistura do rock e eletrônico da Baiana System está diretamente relacionada ao Kuduro. “O Kuduro é muito ouvido lá. É um ritmo que foi muito criticado, marginalizado. Mas acredito que seja uma forma de se expressar, de se colocar para o mundo. Quando recebi a música pelo Russo (da Baiana) gostei da batida. É diferente do meu estilo, uma nova experiência. A química foi boa e, no palco, vamos deixar fluir. Vamos mostrar muita coisa boa no palco do Rock in Rio e isso é o que mais sabemos fazer”, garante a angolana que figura a lista dos 10 principais artistas de seu país. “Vamos dançar até o chão. Não vai ter ninguém parado”, comenta.

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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