De olhos bem fechados, de Stanley Kubrick, revela uma sociedade secreta

A rotina do casamento pode se tornar cansativa para muita gente, desde a juventude tem-se essa pressão de conseguir boas notas, um bom emprego, casar-se, ter filhos e etc. Não muito raro após o casamento o relacionamento do casal acaba por se deteriorar aos poucos, seja devido a insatisfação com a própria relação ou pelos mais diversos desejos reprimidos que acabam corroendo a pessoa.

Foi pensando nessa psique conjugal que, em 1999, Stanley Kubrick decidiu dirigir um filme que a muito ele já imaginava fazer. Seu novo filme abordaria o tema do sexo de maneira predominante na vida de um casal e como esse lado mais primitivo ainda rege as relações sociais dos tempos atuais.

Na trama o clinico geral Bill Harford (Tom Cruise) e sua esposa Alice ( Nicole Kidman) possuem o casamento ideal, ambos possuem um belo apartamento, uma jovem filha, são jovens e inteligentes. Entretanto, Alice guarda para si desejos secretos que arranham o relacionamento e fazem Bill se distanciar.

É muito interessante o modo como o Kubrick consegue trabalhar um tema tão martelado em diversos filmes como o casamento de uma maneira que o espectador consiga fazer uma comparação com o próprio cotidiano ou com o de alguém próximo.

“ De olhos bem fechados” também se tornou famoso pelas teorias que cercam o filme, pois em determinado momento a trama aborda uma sociedade secreta composta pela elite de Nova York. Muito se teoriza quem Kubrick tenha espalhado pelas cenas vários símbolos de origem pagã ou referencias a momentos similares na vida real, como por exemplo a misteriosa festa oferecida pela baronesa Marie-Hélène de Rothschild em 1972.

Esse também foi o ultimo filme de Stanley Kubrick, que veio a falecer cinco dias após exibir o corte final do filme. Sua morte gera discussões até hoje, pois teoriza-se que ele tenha revelado coisas que não deveriam ter sido reveladas.