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O cão que sonhava lobos com Samir Murad no Teatro Glauce Rocha

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O cãozinho Lobobão é expulso de casa por seu dono após salvar um lobo. Depois de muito caminhar pelo mundo tentando entender seu destino, ele encontra um lobo misterioso, que irá lhe revelar sua verdadeira origem e missão na Terra, mostrando que cães e lobos não são tão diferentes como o Lobobão imagina.

Uma fábula contemporânea para crianças de todas as idades que conta através de vigoroso trabalho corporal, cantigas e instrumentos de percussão artesanais, a história da origem do cão, sua relação com seu antepassado, o lobo e a fascinante parceria com o seu melhor amigo, o homem.

A peça desenrola-se na forma de um “causo” narrado por um cão, que carrega dentro de si as contradições do instinto selvagem herdado dos lobos e da domesticação adquirida como ferramenta para sobreviver.

“(…) Achamos mais do que justo e oportuno homenagear o cão, um animal que se tornou praticamente uma extensão da família, ao mesmo tempo em que tentamos alertar para algumas injustiças e violências que lhe são imputadas. Valemos-nos também desse animal, sempre associado à generosidade, à fidelidade, à justiça, entre outros atributos positivos, para ressaltar a necessidade de resgatar essas qualidades em um momento em que elas nos parecem pouco efetivas nas relações humanas.”, conta Samir Murad, ator e autor do texto.

A MONTAGEM
Ator experiente no manejo de técnicas do teatro contemporâneo, Samir Murad, a partir de pesquisas e referências nos ensinamentos de Eugenio Barba, Jerzy Grotowski (1933-1999) e Peter Brook, investe no teatro artesanal, onde o ator dialoga com o próprio corpo e objetos, fazendo com que todos os elementos se transformem em extensão de si mesmo, estimulando o olhar da criança para o aspecto lúdico da narrativa. Assim, Samir dá vida a outros personagens que cruzam o caminho do cãozinho e ressignifica os materiais de cena, transformando longos panos em seres, elementos cênicos em instrumentos, instrumentos em outros objetos.

As canções foram especialmente compostas para o espetáculo, e tocam em cena sapinho, reco-reco, guizos, caxixi, prato, apitos, sino, pandeireta sem pele, claves, xilofone e derbake pequeno.

“Os instrumentos de percussão são os primeiros da história da música, vêm desde os tempos da caverna. Na peça, a utilização deles se dá em consonância com a pesquisa de linguagem que se vale também de alguns recursos mais essenciais e artesanais do teatro, sendo muito utilizados no teatro oriental, que é uma das nossas fontes principais de inspiração. Como se trata de uma narração épica, os personagem se utilizam dos instrumentos para colorir as ações físicas da narrativa, instigando a imaginação do espectador. Por exemplo, ao falar…’Em uma noite de lua cheia’… (e tocar um apito), o som deve levar o espectador a imaginar sua própria noite de lua.”, explica Samir.

SERVIÇO
O CÃO QUE SONHAVA LOBOS
TEMPORADA: de 01 a 30 de julho
LOCAL: Teatro Glauce Rocha (Av. Rio Branco, 179 – Centro)
HORÁRIOS: sábados e domingos às 16h
INGRESSOS: R$20,00 e R$10,00 (meia)
CAPACIDADE: 202 espectadores
CLASSIFICAÇÃO: livre – indicada para maiores de 05 anos
DURAÇÃO: 60 min

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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