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“Na Mira do Atirador”: um combate intimista na Guerra do Iraque

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O ano era 2007 e a guerra no Iraque estava chegando ao fim, com o presidente George Bush declarando vitória americana. Começavam então as reconstruções no país e após receberem um chamado de emergência vindo de um local de construção de gasodutos no meio do deserto, os sargentos Aleen Isaac e Shane Matthews chegam para investigar o local. O que os militares não esperavam encontrar era um letal sniper iraquiano que os encurrala atrás de um pequeno muro, começando assim um perigoso jogo psicológico entre os combatentes.

O diretor Doug Liman volta a contar uma história de guerra, mas indo completamente diferente de seu último filme o blockbuster de sucesso No Limite do Amanhã, Liman apresenta um filme mais contido, criando toda a atmosfera tensão com base na relação de gato e rato emposta pelo perigoso atirador iraquiano.

Sem dúvidas o diferencial de Na Mira do Atirador para outros filmes de guerra é a direção de Liman, que apresenta ótimos planos longos, concedendo o tempo certo de tela para as ações dos personagens gerarem o elemento da frustração no público. Sem precisar abusar do estilo de filmagem do gênero, que cria múltiplos cortes e ângulos para um maior investimento da audiência na situação.

Com uma história menor e mais pessoal sobre os perigos reais contidos na guerra do Iraque, o filme que contem um elenco de apenas três pessoas, sendo que somente duas estão em cena, se sustenta basicamente na atuação de Aaron Taylor-Johnson. O ator que vem de uma premiada performance por Animais Noturnos, entrega mais uma grande atuação. Mostrando um investimento emocional no desespero em que o sargento Isaac se encontra e nos fantasmas do seu passado que é obrigado a encarar, enquanto fica encurralado nesse muro. Já o ator John Cena, que vive Matthews se mostra extremamente carismático desde seu primeiro momento em cena, entregando uma sólida atuação. Sem dúvida, Cena vem mostrando sua evolução dentro de Hollywood e mais uma vez mostra estar seguindo com dedicação os passos de seu amigo dos tempos de luta livre, Dwayne “The Rock” Johnson.

Mas mesmo perdendo um pouco de aprovação devido às escolhas questionáveis no terceiro ato do roteiro escrito por Dwain Worrell, Na Mira do Atirador ainda consegue o feito de mesmo sendo um filme de guerra com pouca ação propriamente dita, não perder o ritmo, deixando sempre o espectador investido na história.

Renato Maciel
Renato Maciel
Carioca e tijucano, viciado em filmes, séries e tudo envolvendo cultura pop, roteirista e estudante de cinema, podcaster no Ratos de Cinema

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