O Mínimo Para Viver coloca em foco a realidade dos distúrbios alimentares

Sabe uma solução fácil na prevenção e combate de problemas psicológicos? Discussão. Falar abertamente sobre temas considerados tabus, tira o estigma de que ter esse tipo de doença é vergonhoso, pois assim, pessoas se sentem à vontade para procurar ajuda, ao invés de morrer às custas da falta de um debate. A Netflix certamente vem abrindo portas para esse tipo de conversa através de suas séries, como Os 13 porquês, e filmes originais, como o mais recente longa lançado O Mínimo Para Viver. Neste, a jovem Ellen sofre com anorexia e encontra ajuda de um grupo de apoio administrado pelo Dr. William Beckham, que trata da doença de uma forma não convencional.

Quem vive o papel desse médico é ninguém menos que Keanu Reeves. Sua performance brilhante no papel do esperançoso e não ortodoxo profissional só não brilha mais que a protagonista, vivida por Lilly Collins. A atriz interpretou o problema com muita paixão e, talvez parte da razão por ter sido tão convincente foi o fato de ela mesma, na vida real, ter sofrido com anorexia. Muitos fãs ficaram preocupados com o fato de ela ter que emagrecer tanto para o papel, visto que já havia sofrido com seu peso. Lilly revelou em entrevista ter ficado muito feliz com o produto final, pois ajudou a aumentar a procura por soluções sobre o problema.

Dirigido e roteirizado por Marti Noxon, a produção mostra friamente o que a anorexia causa em um paciente e naqueles ao seu redor. O Mínimo Para Viver conta a história de Ellen, por meio do grupo de apoio, mostrando que existem diferentes histórias a serem contadas, e que cada caso exige uma atenção única e especial, na busca pela recuperação das vítimas. Na jornada da Netflix em usar seu poder de influência para falar sobre temas como esse, há grande sucesso em se tirar o glamour de distúrbios alimentares e problemas psicológicos e dar esperança ao público.