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Terceira temporada de Narcos, enfim chega ao Netflix

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Narcos sempre foi uma série que deixou claro ser um retrato da luta contra o narcotráfico e não a tele biografia de algum grande traficante. Por isso, a série passa em sua terceira temporada por uma nova fase, com o fim da “saga” contra Pablo Escobar (Wagner Moura), o público e os agentes dos narcóticos, começam a perceber que isso de longe não representa o fim do império das drogas, que havia se consolidado na América Latina e já estava espalhado por todo o continente.

Com o fim do Cartel de Medellín, a série foi naturalmente fazendo sua transição para o Cartel de Cali, que teve seus líderes, os intitulados Cavaleiros de Cali, sendo apresentados já durante a segunda temporada. Colocando agora em foco, os irmãos Gilberto e Miguel Rodrigues (Damián Alcazar e Francisco Denis), Pacho Herrera (Alberto Ammann) e Chepe Santacruz (Pepe Rapazote) como os próximos alvos da lista do DEA.

Com a responsabilidade narrativa agora ficando no agente Javier Peña (Pedro Pascal), a terceira temporada apresenta uma interessante novidade, pois ao focar no grupo de Cali a série ganha um maior dinamismo. Afinal, são quatro diferentes formas de pensar e reagir, que por mais que nenhum deles represente a figura ameaçadora de Escobar, o cartel como unidade representa o tom de ameaça certo que a série precisa. Isso devido ao fato de como os Cavaleiros de Cali cuidam de seus negócios, de forma mais discreta e comedida ao em vez do caos e guerra aplicados por Pablo e o cartel de Medillín.

O roteiro ainda vai além e já começa a mostrar o lado mais evoluído no narcotráfico, que já passava daquele boom dos anos 80 e começava a ser mostrado como um negócio consolidado e organizado. Mostrando todos os braços do cartel em uma base sólida, que mostra que as táticas utilizados pela DEA durante as duas primeiras temporadas foi falha em sua visão de exterminar o narcotráfico, pelo simples fato de não ver o plano maior na guerra as drogas.

Outro ponto da série que podemos ver que não mudou é na sua qualidade técnica. Mais uma vez impecável, com sua narrativa dinâmica que mescla na edição de forma muito orgânica cenas reais com as cenas recriadas, além de apresentar excelentes pontos de tensão e sequências de ação.

Sem dúvida uma temporada memorável pra uma das melhores e mais consistente séries originais do Netflix, que acima de tudo responde a pergunta: Narcos definitivamente pode sobreviver sem Pablo Escobar.

Renato Maciel
Renato Maciel
Carioca e tijucano, viciado em filmes, séries e tudo envolvendo cultura pop, roteirista e estudante de cinema, podcaster no Ratos de Cinema

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