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As prioridades e paranoias em nossa sociedade em “O Show de Truman”

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Sem dúvida um dos nomes mais ovacionados na era moderna dos filmes de humor, o ator Jim Carrey sempre tenta provar ser mais do que um elástico e engraçado rosto em Hollywood. Buscando ir além de seus limites o ator já mostrou seu talento dramático em atuações elogiadas como em Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, Cine Majestic e O Mundo de Andy. Mas essa “virada” na carreira do ator começou com um filme lançado em 1998 e que pode ser conferido no catálogo da Netflix, O Show de Truman.

Diferente de tudo apresentado na carreira do ator até aquele momento, O Show de Truman mostra Carrey como Truman Burbank, um simples vendedor de seguros americano que vê sua vidinha clichê em forma da realização do sonho americano desmoronar quando descobre que toda sua vida não passa de um reality show.

O inteligente roteiro de Andrew Niccol, de certa forma, profetizou muito da nossa vida hoje em dia. Desde a ascensão dos reality shows, o narcisismo e paranoia encontrados dentro da nossa sociedade, o excesso de exposição, são todos conceitos e simbolismos apresentados de forma clara na vida de Truman.

Todos os medos colocados na cabeça do protagonista que o impedem de sair de sua cidade são colocados em contraponto com as paisagens do horizonte de sua cidade, sempre mostrando um céu limpo, por do sol e as belezas a serem descobertas além do mar. Truman representa o homem comum na sociedade, que começa a acordar para as durezas que a realidade lhe prepara e tenta caminhar em busca de sair da cidade que foi construída para sua vida, mas com a intenção do entretenimento de uma nação inteira.

Com uma direção certeira e criando toda a atmosfera de “falsidade” dentro daquela vida, Peter Weir mostra um excelente trabalho na direção com os atores, criando momentos marcantes na carreira de Jim Carrey e Ed Harris que vive Christof o criador do programa. No fim, O Show de Truman serve como o espelho das prioridades e paranoias em nossa sociedade e apresenta a resposta para a pergunta que muitas vezes já nos fizemos “e se minha vida fosse um programa de televisão?”.

 

Renato Maciel
Renato Maciel
Carioca e tijucano, viciado em filmes, séries e tudo envolvendo cultura pop, roteirista e estudante de cinema, podcaster no Ratos de Cinema

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